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Para a Folha, Brasil não tem oposição que merece

Jornal vê maior espaço para combater os "desacertos do lulismo", mas afirma que esse espaço não será ocupado necessariamente pelo PSDB; uma das alternativas apontadas é Joaquim Barbosa

Para a Folha, Brasil não tem oposição que merece
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247 - Em editorial publicado no último dia do ano, a Folha de S. Paulo faz um balanço político do ano, em que aponta maior espaço para uma oposição que confronte os "desacertos do lulismo". Esse espaço, no entanto, não é cativo do PSDB, que, segundo insinua o jornal, não seria a oposição que o governo merece. Leia abaixo:

Oposição na muda

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Era inevitável, com os altos índices de popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), que se afigurassem pouco animadores os prognósticos de eventuais candidatos de oposição, caso ocorressem agora eleições para a Presidência.

Os modestos resultados do tucano Aécio Neves na última pesquisa do Datafolha podem ser entendidos como nada mais do que a consequência disso. Mas também refletem, provavelmente, impasses mais profundos na oposição.

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O pré-candidato do PSDB oscila entre 14% e 9% dos votos, nas diferentes situações da pesquisa. Fica atrás de Marina Silva, que, tendo alcançado 19,3% no pleito de 2010, pelo Partido Verde, não vê diminuída sua popularidade.

No contexto especulativo de uma pesquisa feita com tanta antecedência, desponta em boa posição o nome do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, num dos cenários propostos. Seu papel na condenação dos responsáveis pelo mensalão se traduz na marca de 9% das intenções de voto.

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Não é descabido dizer, com base no desempenho de Marina Silva e Joaquim Barbosa, que o espaço para a oposição ao lulismo parece alargar-se, ao mesmo tempo em que ganha contornos mais indefinidos que os tradicionalmente preenchidos pelo PSDB.

Na vertente ambientalista, com tradição de esquerda, ou na esteira do rigor normativo e do combate à corrupção, correntes distantes do status quo petista abrem cunhas nas percepções do eleitorado.

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Haveria ainda lugar, sem dúvida, para uma agremiação capaz de agregar interesses de produtores rurais e pequenos empreendedores urbanos, que tendem a abraçar causas de cunho mais conservador.

Em meio a tais possibilidades, o PSDB parece hesitar. Subsiste, por certo, a defesa de mais eficiência e modernidade nos métodos de gestão, de políticas redistributivas moderadas, alheias ao populismo, e da privatização que marcou o governo Fernando Henrique.

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O fraco desempenho econômico e administrativo de Dilma Rousseff pode vir a aguçar a crítica técnica a seu modelo de gestão. Nada disso parece suficiente, por ora, para constituir um ideário oposicionista robusto e consistente.

Os desacertos do lulismo, expostos como nunca no processo do mensalão, e o muito que se adia, no Brasil, em matéria de reformas estruturais e políticas indicam que -para inverter um conhecido chavão- nem todo governo tem a oposição que merece. Falta ver de que modo, e por quem, será enfim constituída.

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