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Parabéns, Luciano

Ao apoiar com R$ 4 bilhes fuso entre Po de Acar e Carrefour, presidente do BNDES conseguiu a proeza de levar o termo #maracutaiaBNDES aos mais comentados no Twitter, chegando a congestionar o site

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247 – O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Luciano Coutinho, conseguiu uma proeza e, por isso, merece ser parabenizado. Ao permitir – e apoiar – que um banco público, que tem dinheiro do povo, injete R$ 4 bilhões na fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour (85% do dinheiro envolvido no negócio), Coutinho atendeu aos interesses do empresário Abilio Diniz, e não aos do povo brasileiro, como exige sua função.

O negócio formaria a maior rede varejista do Brasil, responsável por um terço do comércio no País, e garantiria ao Pão de Açúcar participação em uma das maiores redes de supermercados do mundo. A operação, porém, enfrenta problemas como críticas voltadas à concentração de mercado e principalmente a oposição do grupo francês Casino, dono de parte do Pão de Açúcar e um dos principais concorrentes do Carrefour no país.

Na internet, a façanha de Luciano Coutinho é atacada pelos usuários. O resultado de uma enquete virtual criada pelo portal IG, divulgado nesta manhã, revela que 89% dos internautas não aprovam a fusão entre as duas empresas. O principal motivo apontado pela maioria dos 6.500 participantes, que responderam à pesquisa nos últimos três dias, foram as consequências negativas trazidas por uma concentração de mercado, como a elevação de preços. A fusão entre as companhias deve concentrar cerca de 30% das vendas de supermercados do País e de 70% apenas no Estado de São Paulo.

No Twitter, a revolta se manifestou por meio da hashtag (termo usado para designar um assunto específico) #maracutaiaBNDES, que se tornou um dos temas mais comentados na rede social nesta segunda-feira, chegando a congestionar o site. Citando o termo, os usuários comentam revoltados sobre a fusão. “Diga não à #MaracutaiaBNDES!!...mais uma grande nódoa na página política deste País!!... VERGONHA s/ precedentes”, escreve em sua página a usuária Simone Coutinho (@simonesc2). Já Wallace Emerich (@WallaceEmerich) contesta: “Nem o governo nem o BNDES tinham que estar se intrometendo nesta fusão, a função deles nesse quesito é só taxar no final. #maracutaiaBNDES”. Aparecido Silva (@AparecidoSilva) questiona: “Qual o sentido de um Banco de Desenvolvimento financiar fusão de um setor que não produz nada e já está super desenvolvido?”. O usuário Vic Espalhai (@espalhai_) traz o problema para a população: “O prejuízo é de quem? NOSSO, DO POVO q não tem escolas, hospitais, mas Diniz terá seu hipermercado cada vez maior!”.

A quantia usada pelo BNDES na fusão entre as companhias é próxima à utilizada pela China (US$ 2,3 bilhões, segundo a agência EFE) para construir a maior ponte sobre as águas do mundo, inaugurada na última semana, em comemoração aos 90 anos do Partido Comunista chinês.

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