Presente é bom e eu gosto

Olha, eu vou te dizer: tempo quente com pancadas de chuva é igual a previsão de vidente em final de ano, confiança zero. A gente não sabe se vai ser um dia ensolarado ou nublado, só sabe que vai ser quente e seja o que Deus quiser. Não que o clima tenha tido alguma importância, mas foi num dia assim que comemoramos o aniversário da Rebeca, uma de nossas melhores jornalistas 247.

Vamos aos fatos. Dia nublado, 11 de agosto, almoço no franqueado Mariposa do Empresarial Mundo Plaza, seis jornalistas, um publicitário e a aniversariante. O almoço foi até legal, o problema mesmo foi o presente (de grego) logo depois. Entenda: Gabriela (a garçonete) avisa “aqui, o aniversariante ganha um MINI crepe”, Rebeca agradece e escolhe o sabor. Gabriela, com sorriso no rosto, interroga “a senhora está com a carteira de identidade?”. Rebeca, sem a carteira, conversa, mas não convence a responsável pelo estabelecimento. Resumo da ópera: aniversariante sem carteira, presente cancelado.

Pois é, hoje, mesmo após duas semanas do acontecido, todos os jornalistas 247 da Bahia, e o publicitário aqui, continuam passando longe daquela creperia. A vida segue seu curso, mas se aquele franqueado Mariposa tivesse feito como o Steve Jobs, as coisas seriam bem diferentes. Ele teria colocado alguém com mais jogo de cintura para cuidar do seu negócio. Alguém capaz de entender que, depois de uma conta de três dígitos, um MINI crepe com, ou sem, carteira de identidade não faria a menor diferença.

Essa analogia com Steve Jobs e a Apple – maior empresa de capital aberto do mundo – tem tudo a ver. Com a saída de Jobs, a Apple acaba de dar boas-vindas ao seu novo Chief Operating Officer (CEO). O nome do todo poderoso é Tim Cook, antigo vice-presidente de operações. Ele já respondia pelas estratégias para revendedores, varejistas e pela divisão Macintosh. Agora, o cara assume de vez todas as operações da empresa da maçã, coisa que para alguns ele já fazia desde 2009. Será que um cara como esse teria cancelado aquele MINI crepe?

Só para arrematar. Que fique registrado, a franquia Mariposa é 100% baiana, está em quatro estados e eu sou frequentador assíduo, desde 2004. Sempre fui muito bem atendido, à exceção dessa última vez. A atitude da “responsável” pelo estabelecimento foi tão atípica que me fez lembrar um ditado popular “Às vezes, a gente bota um homem como porteiro do cemitério e ele pensa ser guardião da eternidade”. Eu fico por aqui, fecha a conta.