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Mídia

Priolli: mídia brasileira é oligopólio econômico e cartel político

Um dos principais executivos da TV brasileira, com cargos de direção nas grandes emissoras do país, o jornalista Gabriel Priolli diz em entrevista à TV 247 que “a mídia brasileira é um oligopólio econômico e um cartel político”, que produz um “jornalismo de campanha”, que “deixou de informar para se dedicar à “orientação do eleitorado”; com mais de 40 anos de experiência no setor de rádio e TV, Priolli diz que a mídia comercial vive hoje sob um “pensamento único radical” e afirma que os governos populares erraram ao não levar a sério a questão da comunicação; assista a íntegra

Um dos principais executivos da TV brasileira, com cargos de direção nas grandes emissoras do país, o jornalista Gabriel Priolli diz em entrevista à TV 247 que “a mídia brasileira é um oligopólio econômico e um cartel político”, que produz um “jornalismo de campanha”, que “deixou de informar para se dedicar à “orientação do eleitorado”; com mais de 40 anos de experiência no setor de rádio e TV, Priolli diz que a mídia comercial vive hoje sob um “pensamento único radical” e afirma que os governos populares erraram ao não levar a sério a questão da comunicação; assista a íntegra (Foto: Ana Pupulin)
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Por Paulo Moreira Leite e Leonardo Attuch

Um dos principais executivos da TV brasileira, com cargos de direção nas grandes emissoras do país, o jornalista Gabriel Priolli diz em entrevista à TV 247 que “a mídia brasileira é um oligopólio econômico e um cartel político”, que produz um “jornalismo de campanha”, que “deixou de informar para se dedicar à “orientação do eleitorado”.

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Com mais de 40 anos de experiência no setor de rádio e TV, Priolli diz que a mídia comercial vive hoje sob um “pensamento único radical” num comportamento que mostra uma “mudança significativa se você comparar com o tempo do regime militar. Naquele tempo você tinha uma Globo muito mais submissa ao regime, como relações públicas”. Mas também havia “uma Bandeirantes mais combativa. Mesmo na TV Cultura em São Paulo, uma TV pública, você tinha uma postura muito mais crítica”. Com o governo de Michel Temer, essa situação se agravou: “com o golpe, o papel da TV pública acabou”.

No início do governo Lula, Priolli integrou um grupo de trabalho destinado a preparar um projeto para mudar as regras do setor de rádio e TV do país. “Foi uma luta interna de um ano para tirar um ante projeto que não conseguiu ir tão longe como se gostaria mas avançou enormemente numa série de aspectos”, conta, na entrevista. “Daria um salto positivo para garantir mais diversidade e controlar certas aberrações.  O governo recebeu esse anteprojeto e ele foi derrubado por decisão dos principais ministros”, diz, referindo-se a Antônio Palocci, da Fazenda, e José Dirceu, da Casa Civil. “Eles argumentaram que se ‘a gente precisar de televisão a gente conversa com a Globo’”.  

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“Essa concepção atravessou o período inteiro até o golpe”, lamenta. “O lado de cá errou de não levar a comunicação a sério”. Ele explica que “nossos governos populares” tiveram uma postura diferente daquela assumida “na Venezuela, na Argentina, na Bolívia,  no Equador.” Ele lembra que na Argentina a concentração da mídia era tão grande que “mais de 80% da comunicação estava na mão de um único grupo, Clarin,”  mas o mercado “se pulverizou a ponto das emissoras do sistema público”  passarem a deter “mais de um terço do sistema de televisão”

Responsável, nas últimas décadas, pela área de comunicação de quase duas dezenas de campanhas eleitorais, Priolli prevê, para 2018, uma “campanha muito parecida com a de 2016, que piorou, e muito” em relação às disputas anteriores. Falando sobre os limites para o financiamento, recorda um dado básico: “dos 27 (prefeitos) eleitos, a gente tem 14 milionários, entre os quais João Dória”. Lembrando que a campanha de 2014 mobilizou 25 000 candidatos em todos os níveis, Priolli diz que o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões garante pelo menos “alguma fonte de financiamento” mas avalia que o “cobertor é curto”. Para ele, o problema maior será o tempo de campanha: “a campanha na televisão já foi de 60 dias. Agora está em 30 dias apenas. É um período muito curto para apresentar um candidato desconhecido. Da mesma forma, você tem pouco tempo para descontruir o adversário”. Sublinhando que “campanha eleitoral é isso: construção do candidato e desconstrução do adversário”, Priolli lembra o que aconteceu na vitória de João Dória em São Paulo: “não houve tempo para descontruir esta imagem falsa de não-político, sujeito que foi presidente da Embratur, que construiu a fortuna dele intermediando interesses de empresários com a política e vice-versa.” 

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