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Qualcomm sugere que Brasil cobre mais pela banda larga

Paul Jacobs, presidente da maior produtora de chips do mundo, que visitou Paulo Bernardo, recomenda que operadoras controlem oferta de serviços enquanto não investirem na qualidade da rede

Qualcomm sugere que Brasil cobre mais pela banda larga (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
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Por Brad Haynes

SÃO PAULO (Reuters) - As operadoras de telefonia celular brasileiras podem ter que oferecer planos de banda larga móvel menos generosos, enquanto investem em redes com mais capacidade, disse o presidente-executivo da Qualcomm em entrevista à Reuters na quarta-feira, citando o exemplo de outros países onde a demanda excedeu a capacidade.

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"O que aconteceu em outros mercados -- e frustrou um pouco os consumidores -- é que eles mudaram as políticas de preços para diminuir a carga na rede", disse Paul Jacobs, presidente-executivo da maior produtora do mundo de chips para celulares.

A preocupação de que o marketing pode ter ido à frente da instalação de redes no Brasil destaca os desafios para as telecomunicações no país, que está enfrentando elevados investimentos em infraestrutura para trazer novas tecnologias.

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) chegou a suspender três das principais operadoras de venderem novos planos no mês passado devido às crescentes reclamações de clientes sobre qualidade de serviços. A ordem foi suspensa depois de duas semanas, após as companhias apresentarem planos de investimentos.

Jacobs disse que não tinha estudado cuidadosamente a situação recente das operadoras brasileiras, mas ela lembra os desafios que foram enfrentados pela norte-americana AT&T. A operadora dos Estados Unidos foi uma das várias que foram pegas desprevenidas pelo crescimento dos smartphones, que criam um tráfego de dados 35 vezes mais alto do que o de um telefone normal, disse ele.

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Jacobs abriu uma conferência sobre inovação da Qualcomm um dia após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff.

O encontro de 30 minutos acabou se alongando em uma hora e meia, uma vez que Dilma questionou o executivo sobre as tendências da indústria de telecomunicações sem fio, tais como transmissores de rádio menores que em breve poderão substituir as torres de telefonia celular.

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"Eu não consigo me imaginar falando com outros chefes de Estado sobre um tópico tão esotérico de tecnologia e vê-los perceber imediatamente para onde o assunto está indo", disse Jacobs. "Ela entende essas coisas", disse o executivo.

A Qualcomm está preparando contratos de fornecimento a fabricantes locais de tablets e smartphones, que possuem incentivos fiscais no âmbito do plano de Dilma de promover crescimento do setor de tecnologia.

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Jacobs afirmou que a chave para criação de fabricantes de celulares competitivos globalmente é manter as tecnologias locais de transmissão em sincronismo com tendências globais.

"Se você olhar 10 anos atrás, o Brasil costumava exportar quantidades significativas de celulares. O problema foi que as redes ficaram um pouco defasadas", disse. As operadoras brasileiras investiram pesado na tecnologia de segunda geração (GSM) enquanto outros mercados avançaram para celulares de terceira geração (3G).

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Porém, Jacobs também alertou a presidente sobre o risco de avançar muito à frente.

"Ela disse: 'Nós estamos indo direto para o 4G imediatamente'", lembrou Jacobs sobre a reunião com a presidente. Mas a equipe Qualcomm enfatizou a necessidade de se estabelecer uma rede 3G complementar, que não vai se tornar obsoleta e vai se beneficiar de padrões globais estabelecidos, disse Jacob.

O Brasil já promoveu leilão de licenças de operação 4G, estipulando investimentos mínimos para cobertura nas cidades-sede da Copa das Confederações no próximo ano, num ensaio para a Copa do Mundo de 2014.

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