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Rumo ao digital: NYTimes deixa papel para trás

The New York Times Company decide vender 16 jornais regionais para investir em mdias digitais; os US$ 143 milhes resultantes do negcio sero aplicados em portais, aes dos jornais do grupo em redes sociais e formatao de contedo para tablets e smartphones; passo 2.0 marca transformao do jornalismo

Rumo ao digital: NYTimes deixa papel para trás (Foto: Divulgação)

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Diego Iraheta _247 - Um dos principais conglomerados de comunicação mundial acaba de virar uma página do passado para sinalizar conexão com o jornalismo em transição. The New York Times Company, responsável pelos jornais The New York Times, International Herald Tribune e The Boston Globe, fechou nesta semana a venda de 16 jornais regionais e outras publicações impressas. A empresa Halifax Media Holdings LLC vai levar a papelada por US$ 143 milhões à vista (veja lista dos jornais vendidos). Com o dinheiro do negócio, o grupo do NYT vai ampliar investimentos em mídias digitais.

“A venda do nosso grupo de mídia regional vai permitir à companhia continuar nossa transformação para uma companhia de mídia de multiplataformas focadas no digital”, justificou o CEO da corporação, Arthur Sulzberger Jr. O negócio acena para a decisão do New York Times de manter-se como expoente na imprensa global. A companhia está apostando alto no jornalismo 2.0, amparado nas novas formas de leitura de notícias e nos novos hábitos dos leitores de hoje – internautas, conectados full-time, surfistas das redes.

Deixar o passado de papel não foi tarefa fácil para uma empresa de tradição do porte do NYT. “Nossos jornais regionais serviram como instituições de referência nas comunidades entregando notícias e informações importantes para os leitores”, destacou Sulzberger. Entretanto, The NYT Company e várias outras editoras de jornais impressos têm enfrentado dificuldades financeiras como efeito da migração da publicidade das publicações para a internet.

A corporação já possui mais de 50 portais na internet – inclusive as versões online do NYT e do Herald Tribune. Além disso, o entendimento hoje é que os polos de atração das generosas receitas publicitárias na web são os sites de buscas e as redes sociais. As marcas preferem anunciar no Google, Twitter e Facebook devido à popularidade desses canais, especialmente na interatividade com os usuários.

Ciente da necessidade de acompanhar as mudanças de mídia e de comportamento do público, The NYT Company acerta ao largar o osso e o papel para investir no digital e social. A guinada não se trata de uma simples resposta à disseminação de novas tecnologias, como tablets e smartphones. O passo rumo ao 2.0 faz parte de um processo de transformação da sociedade que, por meio das multimídias, deixa marcas virtuais e reais na imprensa, no jornalismo.

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