Tijolaço: Dr. Deltan, o senhor pode provar que não foi “lavagem de dinheiro”?
Jornalista Fernando Brito questiona as palestras realizadas pelo procurador Deltan Dallagnol, que lhe renderam R$ 219 mil no ano passado; "Será que se deve quebrar o seu sigilo bancário e o de quem recebeu o dinheiro para ver se não tem 'lavagem de dinheiro', doutor?", pergunta Brito; "O doutor é uma figura pública, se apresenta como paladino da transparência, acha que a corrupção é 'sistêmica' e vem falar e cláusulas de confidencialidade?", questiona
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - O Valor traz a informação de que Deltan Dallagnol recebeu, ano passado, R$ 219 mil por remunerações de palestras onde ser apresentou como “estrela da Lava Jato” e o homem que vai prender o Lula.
Ao jornal, ele disse que “não controlou” os valores recebidos no ano passado com as palestras. “Foram dadas – segundo informações do próprio hospital [do interior paulista, que ele alega receber os recursos], porque eu não controlava isso diretamente – 12 palestras, que somaram R$ 219 mil”.
Será que se deve quebrar o seu sigilo bancário e o de quem recebeu o dinheiro para ver se não tem “lavagem de dinheiro”, doutor?
Dallagnol diz que não pode dizer quem pagou e quanto pagou, porque os contratos têm”cláusulas de confidencialidade”. Porque deveriam ser confidenciais contratos entre alguém que vai defender posições “cívicas” como as medidas contra a corrupção e empresas que foram se juntar a promoção de sua “ética” e “compliance”? Ainda mais quando tudo vai para a benemerência de um hospital infantil?
Ontem, ele foi a estrela de um evento promovido pela XP Investimentos. Diz o jornal que “Dallagnol não quis falar qual o cachê recebido’ pela palestra “no maior evento da América Latina para a indústria de investimentos”, conforme descrição da XP Investimentos. O ingresso para o evento custa R$ 800. O procurador, no entanto, disse que prestará as informações à Receita Federal e que em 2018 divulgará o total recebido esta ano.
O doutor é uma figura pública, se apresenta como paladino da transparência, acha que a corrupção é “sistêmica” e vem falar e cláusulas de confidencialidade?
Ele argumenta que tudo é legítimo, citando regulamentos que reconhecem “palestras como aulas, atividades docentes”.
Os alunos de ontem do Dr. Dalllagnol eram, então, a papa-fina da turma da bufunfa, aprendendo que é a corrupção “é uma causa que toca a todos nós porque recursos públicos desviados geram mal-estar e mortes ao nosso redor.”
Os 50% do orçamento público que saem para pagar juros aos alunos da escolinha do Professor Deltan não vêm ao caso.
PS. O Conselho Nacional do Ministério Público abriu uma investigação sobre os valores recebidos pelas palestras do Dr. Dallagnol. É pra rir?
PS2. E as palestras do Dr. Moro, são gratuitas?
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