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      Tijolaço: “Nem o 'ministro' Reinaldo aguenta o Moro”

      Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, destaca a coluna de hoje de Reinaldo Azevedo, em que chama o Tribunal Regional Federal, o Supremo Tribunal Federal e a OAB de covardes e o juiz Sérgio Moro de arbitrário e mal-intencionado; para ele, a acusação "busca incriminar os advogados [da Odebrecht] e agride o direito de defesa"; segundo Brito, até o título da coluna de Reinaldo - "Assim não, Moro!" - mostra que o juiz está "passando do ponto"

      Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, destaca a coluna de hoje de Reinaldo Azevedo, em que chama o Tribunal Regional Federal, o Supremo Tribunal Federal e a OAB de covardes e o juiz Sérgio Moro de arbitrário e mal-intencionado; para ele, a acusação "busca incriminar os advogados [da Odebrecht] e agride o direito de defesa"; segundo Brito, até o título da coluna de Reinaldo - "Assim não, Moro!" - mostra que o juiz está "passando do ponto" (Foto: Gisele Federicce)
      Gisele Federicce avatar
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      Por Fernando Brito, do Tijolaço

      Imperdível a coluna de hoje do inefável Reinaldo Azevedo, jóia da coroa da inteligência nacional, na Folha.

      Sapateia sobre a exegese “legal” do Juiz  Sérgio Moro, que diz não entender a “gramática da lei”:

      “Transcrevo o Artigo 312 do Código de Processo Penal: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”.

      “Esse “quando” é uma conjunção subordinativa com cara de temporal, mas que é condicional, substituível por “caso” e por “se”. Quando houver (“se houver”, “caso haja”) a prova ou indício suficiente de autoria, então a preventiva pode ser decretada para assegurar uma que seja daquelas quatro exigências. Se soltos, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo incidem em uma que seja das quatro causas? É claro que não! As prisões são insustentáveis, como eram as dos demais empreiteiros, que ficaram cinco meses em cana.”

      E, de quebra, chama o Tribunal Regional Federal e o Supremo Tribunal Federal e a OAB de covardes:

      “Se os tribunais se acovardaram, eu não.”

      “Cadê a OAB? Está com medo?”

      Moro, de arbitrário e mal-intencionado:

      “Quero ser regido por legislação conhecida, mesmo que não goste dela, não pelo arbítrio, ainda que de bem-intencionados, se é que isso existe.”

      E a nossa “imprensa livre” não escapa, no episódio ridículo do “bilhete-bomba” que ia destruir o e-mail da Odebrecht bem ali no meio dos autos do processo:

      “A imprensa vai mal nessas horas. Deu curso à história do balacobaco de que Marcelo Odebrecht entregou nas mãos de um policial federal bilhete endereçado a seus advogados recomendando-lhes a destruição de provas. Você faria isso? Por que ele o faria? Mais: a acusação busca incriminar os advogados e agride o direito de defesa –que não pertence só a empreiteiros, mas também a pedreiros.”

      Num linguajar de fazer jus ao seu tempo de Libelu, “Tio Rei” investe contra o comportamento de moro e da Justiça com uma fúria semelhante à do seu leitor/colaborador Maurício Thomaz, o autor do “habes corpus à revelia” de Lula.

      Não quer dizer nada?

      Ora, ora, Reinaldo Azevedo não está na Veja e na Folha como corneteiro da direita se não serve, ainda que da forma canino-caricata que ele próprio assume – “o rottweiler amoroso” – para interpretar pensamentos e estratégias que não são só seus.

      Terça-feira, escrevi aqui que o Dr. Moro cogitava recuar por perceber que estava “passando do ponto” reservado a seu papel.

      Lembro que, conversando por telefone, Paulo Henrique Amorim deu uma boa risada quando eu lembrei de um bordão antigo como eu: “assim, sim, mas assim também não!” 

      Hoje, até o título da coluna de Reinaldo mostra isso: “Assim não, Moro!”.

      Parece que teremos sextas-feiras mais calmas.

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