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Tijolaço: quando a Justiça vira política, a defesa é na política

"O cordeiro não enfrentará o lobo com argumentos 'técnicos' como o de que não pode turvar a água estando rio abaixo, como não pode ter sido beneficiado com o recebimento de um apartamento que não recebeu", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "o juiz é uma raposa e das raposas só o rebanho protege o carneiro", aponta ainda o jornalista

"O cordeiro não enfrentará o lobo com argumentos 'técnicos' como o de que não pode turvar a água estando rio abaixo, como não pode ter sido beneficiado com o recebimento de um apartamento que não recebeu", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "o juiz é uma raposa e das raposas só o rebanho protege o carneiro", aponta ainda o jornalista (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

Acertou em cheio o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em seu pronunciamento em resposta ao comício promovido ontem pela força tarefa da Operação Lava jato.

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Porque as acusações que está sofrendo têm natureza política, não jurídica, são fiapos retorcidos aos quais que se agarra o Ministério Público para fazer o que é, desde o princípio, o objetivo de Moro & Cia.

O cordeiro não enfrentará o lobo com argumentos “técnicos” como o de que não pode turvar a água estando rio abaixo, como não pode ter sido beneficiado com o recebimento de um apartamento que não recebeu.

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A quinquilharia da guarda das caixas de um acervo de bens de que ele não pode dispor e tem a obrigação de preservar, sem receber pra isso? Quer dizer que se Lula alugar duas vagas e deixar as caixas na garagem do prédio e sumir uma daquelas jóias oferecidas, estaria tudo bem?

Sobretudo, qual é a vantagem auferida por Lula e em troca de qual favorecimento? Em tese, antigamente, não valia supor, em matéria de direito penal.

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Em artigo publicado há mais de um ano o Dr. Lênio Streck transcreve uma narrativa fabulosa de Leon Tolstoi para provar o absurdo da situação:

Um camponês entrou com uma ação contra o carneiro. A raposa ocupava naquele momento as funções de juíza. Ela fez comparecer na sua presença o mujique e o carneiro. Explicou o caso.
— Fale, do que reclamas, oh camponês?
— Veja isso, disse o ele, na outra manhã eu percebi que me faltavam duas galinhas; eu não encontrei delas nada além dos ovos e das penas, e durante a noite, o carneiro era o único no quintal. 
A raposa, então, interroga o carneiro. O acusado, tremendo rogou graça e proteção à juíza.
— Esta noite, disse ele, eu me encontrava, é verdade, sozinho no quintal, mas eu não saberia responder a respeito das galinhas; elas me são, aliás, inúteis, pois eu não como carne. Chame todos os vizinhos, ajuntou ele, e eles dirão que jamais me tiveram por um ladrão. 
A raposa questionou ainda o camponês e o carneiro longamente sobre o assunto, e depois ela sentenciou:
— Toda noite, o carneiro ficou com as galinhas, e como as galinhas são muito apetitosas, a ocasião era favorável, eu julgo, segundo a minha consciência, que o carneiro não pôde resistir à tentação. Por consequência, eu ordeno que se execute o carneiro e que se dê a carne ao tribunal e, a pele, ao reclamante”.

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A acusação do MP a Lula de ser o “comandante da propinocracia é parecida. Não se aponta um ato de favorecimento mandado ou praticado por ele.

Mas o juiz é uma raposa e das raposas só o rebanho protege o carneiro.

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