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      Tijolaço questiona “denúncia” do Globo no Itamaraty

      Jornalista Fernando Brito observa que toda a matéria do Globo publicada nesta sexta-feira 12 sobre uma suposta "operação abafa" no Ministério das Relações Exteriores para defender o ex-presidente Lula baseia-se "no jornalismo 'Viúva Porcina', novela cujo subtítulo era 'a que foi sem nunca ter sido'"

      Jornalista Fernando Brito observa que toda a matéria do Globo publicada nesta sexta-feira 12 sobre uma suposta "operação abafa" no Ministério das Relações Exteriores para defender o ex-presidente Lula baseia-se "no jornalismo 'Viúva Porcina', novela cujo subtítulo era 'a que foi sem nunca ter sido'" (Foto: Gisele Federicce)
      Gisele Federicce avatar
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      Por Fernando Brito, do Tijolaço

      Ainda não entendi onde está o “escândalo” noticiado hoje por O Globo, com a “revelação” de um memorando em que um funcionário de 4° escalão do Ministério das Relações Exteriores, diplomata de carreira, pergunta a um funcionário de 3° escalão se é conveniente reavaliar o grau de classificação de “reservado” que tratem das viagens do ex-presidente Lula ao exterior.

      Eu sou do tempo em que havia até um personagem de Agildo Ribeiro que usava o bordão “perguntar não ofende”.

      A reclassificação não foi feita e, nos termos da lei, só poderia ser feita pelo próprio Ministro, pois os funcionários em questão sequer têm poder para classificar documentos como secretos.

      Portanto, toda a notícia se baseia, para continuar nas metáforas televisivas, no jornalismo “Viúva Porcina”, novela cujo subtítulo era “a que foi sem nunca ter sido”.

      Mas o que o jornal especula, grifo eu, se desmancha no que ele próprio escreve:

      “Se a reclassificação cogitada pelo DCD for feita, os documentos requeridos pelo jornalista passarão a ter o sigilo estendido em até dez anos”.

      “Se”, “cogitada”, “for feita”.

      Viúva Porcina, puro.

      A maior parte dos documentos dobre as viagens de Lula, vencido o prazo de 5 anos, já foi até obtida pela Folha, que explorou até fatos sem a menor relevãncia, como o fato de nossos serviço consular ceder um automóvel para o deslocamentos do ex-presidente em território estrangeiro, o que é mera extensão das leis que regulam a estrutura de que dispõem, regulada por leis anteriores à ascenção ao poder (governos Sarney e Fernando Henrique).

      Se os documentos tivessem sido reclassificados, sim, seria notícia. Se forem, será.

      Mas se um funcionário subalterno apenas perguntou ao chefe se deveriam, não é.

      Simples assim, não é notícia o não-fato, mas o fato.

      Mas as repartições agora estão cheias de gente se oferecendo para “araponga amador”, prontinha para passar futricas aos jornais.

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