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Toledo: fortuna que Temer torrou na compra de parlamentares será inútil

"Depois do recesso de julho, os deputados voltarão a Brasília com uma medida precisa do tamanho da resistência de suas bases eleitorais ao apoio que venderam ao presidente. A chance de não entregarem o prometido à Turma do Pudim aumenta. O bilhão de reais em emendas parlamentares liberado por Temer pode revelar-se o mais inútil da dispendiosa história parlamentar nativa", diz o colunista José Roberto de Toledo

"Depois do recesso de julho, os deputados voltarão a Brasília com uma medida precisa do tamanho da resistência de suas bases eleitorais ao apoio que venderam ao presidente. A chance de não entregarem o prometido à Turma do Pudim aumenta. O bilhão de reais em emendas parlamentares liberado por Temer pode revelar-se o mais inútil da dispendiosa história parlamentar nativa", diz o colunista José Roberto de Toledo (Foto: Leonardo Attuch)

247 – O jornalista José Roberto de Toledo avalia que a fortuna gasta por Michel Temer para se manter no poder (saiba mais aqui) pode se revelar inútil.

"Depois do recesso de julho, os deputados voltarão a Brasília com uma medida precisa do tamanho da resistência de suas bases eleitorais ao apoio que venderam ao presidente. A chance de não entregarem o prometido à Turma do Pudim aumenta. O bilhão de reais em emendas parlamentares liberado por Temer pode revelar-se o mais inútil da dispendiosa história parlamentar nativa", diz ele.

"Corre o tempo, escorre a sorte de Temer. Novas denúncias vêm aí. Com elas, mais detalhes das tenebrosas transações, mais malas de dinheiro, mais noticiário negativo para a turma engolir. Haja pudim. Se sobreviver à primeira, Temer terá chances cada vez menores de sobrevivência nas subsequentes. O planador presidencial faz piruetas enganadoras, sugerindo um voo sustentado, mas quem paira sem motor sempre termina no chão", prossegue. 

Toledo lembra ainda que "os dias correm contra Temer, mas não é ele quem paga a conta".

"Quem perde tempo é o País. Tempo e dinheiro. A economia definha, a receita escasseia. Falta verba para passaporte, para a polícia, para cultura, para aposentadoria. Direitos emagrecem. Áreas de proteção da floresta amazônica encolhem. Tudo se reduz, na mesma proporção da vergonha dos poderosos. O Brasil se condena a ficar do tamanho de seus governantes."