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Válvula cardíaca sintética da Harvard projetada para crescer em sincronia com o corpo humano

A FibraValve, um avanço da valva cardíaca artificial, pode transformar a vida de crianças em crescimento, eliminando a necessidade de cirurgias de substituição arriscadas

(Foto: Instituto Wyss na Universidade de Harvard / Matter)
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Pesquisadores desenvolveram uma válvula cardíaca sintética promissora que, no futuro, pode ser usada em crianças em fase de crescimento. O Instituto Wass e a Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson da Harvard criaram um implante que denominaram FibraValve. Através de um método de fibra fiada, esse implante pode ser fabricado em minutos, permitindo moldar delicadamente as abas da válvula em nível microscópico - prontas para serem colonizadas pelas células vivas do paciente, desenvolvendo-se junto com elas conforme amadurecem.

A FibraValve é uma evolução da JetValve, válvula cardíaca artificial criada pela mesma equipe em 2017, que utiliza princípios semelhantes. A versão atualizada adota um método chamado "fiação rotativa de jato focado", que adiciona jatos de ar concentrados para coletar fibras sintéticas em um mandril giratório de forma mais rápida e precisa - facilitando o ajuste fino da forma da válvula. Consequentemente, as micro e nano-fibras do polímero conseguem replicar com mais precisão a estrutura de tecido de uma válvula cardíaca orgânica. O processo de fabricação leva menos de 10 minutos, enquanto métodos alternativos podem exigir horas.

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Fibravalve

O método também usa um "novo material polimérico personalizado", o PLCL (combinação de poli-caprolactona e ácido polilático), que pode durar dentro do corpo de um paciente por cerca de seis meses. Em teoria, é tempo suficiente para as células do paciente infiltrarem a estrutura e assumirem o controle. Embora até agora tenha sido testado com sucesso apenas em ovelhas, a visão de longo prazo é que o tecido orgânico resultante se desenvolva com crianças humanas à medida que amadurecem, potencialmente eliminando a necessidade de cirurgias de substituição arriscadas à medida que seus corpos crescem.

"Nosso objetivo é que as células nativas do paciente usem o dispositivo como um modelo para regenerar seu próprio tecido valvar vivo", disse o autor correspondente Kevin "Kit" Parker, em comunicado à imprensa de Harvard. Nos testes dos pesquisadores com uma ovelha viva, a FibraValve "começou a funcionar imediatamente, suas abas se abrindo e fechando para permitir o fluxo sanguíneo a cada batimento cardíaco". Além disso, eles observaram células sanguíneas vermelhas e brancas e proteína de fibrina se acumulando na estrutura da válvula já na primeira hora. Os cientistas afirmam que a válvula sintética não apresentou sinais de danos ou outros problemas.

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"Essa abordagem para substituição de válvula cardíaca pode abrir as portas para implantes médicos personalizados que regeneram e crescem com o paciente, melhorando a vida das crianças", disse o coautor Michael Peters no mesmo comunicado à imprensa. A pesquisa ainda é preliminar, e a equipe planeja realizar testes em animais de longo prazo nas próximas semanas e meses para uma avaliação mais aprofundada. No entanto, eles acreditam que seu avanço poderia eventualmente encontrar outros usos, incluindo a criação de diferentes válvulas, remendos cardíacos e vasos sanguíneos. 

O artigo completo está disponível para leitura na revista Matter.

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Com informações de engadget.

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