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Viomundo: Globo foi ao rato da Beija Flor, mas não ao tucano da Tuiuti

O jornalista Luiz Carlos Azenha, do site Vi o Mundo, comenta as diferenças de tratamento da Rede Globo em relação aos desfiles das escolas Paraíso do Tuiuti e da Beija-Flor; "Observações in loco de repórteres sobre os carros alegóricos da Beija Flor não foram feitas a respeito dos da Tuiuti, assim, não houve registro contextualizado da presença dos paneleiros, dos patos da Fiesp, nem do tucano engaiolado, outra fina ironia que a Globo sonegou aos telespectadores. "Como isso ficou de fora não só na transmissão, mas também no resumo do desfile e dos telejornais da Globo, sabemos que não foi por acaso", explica o jornalista

O jornalista Luiz Carlos Azenha, do site Vi o Mundo, comenta as diferenças de tratamento da Rede Globo em relação aos desfiles das escolas Paraíso do Tuiuti e da Beija-Flor; "Observações in loco de repórteres sobre os carros alegóricos da Beija Flor não foram feitas a respeito dos da Tuiuti, assim, não houve registro contextualizado da presença dos paneleiros, dos patos da Fiesp, nem do tucano engaiolado, outra fina ironia que a Globo sonegou aos telespectadores. "Como isso ficou de fora não só na transmissão, mas também no resumo do desfile e dos telejornais da Globo, sabemos que não foi por acaso", explica o jornalista (Foto: Charles Nisz)
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247 - O jornalista Luiz Carlos Azenha, do site Vi o Mundo, comenta as diferenças de tratamento da Rede Globo em relação aos desfiles das escolas Paraíso do Tuiuti e da Beija-Flor. "Uma das formas de escravidão moderna a Tuiuti explicitou de maneira absolutamente cristalina: a perda dos direitos trabalhistas no Brasil, fruto de um golpe promovido por patos e paneleiros. A presidi-la, o vampiro com faixa presidencial. Estava tudo lá, para quem quisesse ver. A Globo não viu — ou fez que não viu", diz Azenha.

Já o enredo da Beija Flor, Monstro é aquele que não sabe amar, baseado na figura de Frankenstein, requeria explicações que a Globo deu desde o início do desfile, compara Azenha: "Logo na primeira intervenção, um dos repórteres deixou claro, bem ao lado de um carro alegórico, um rato gigante à frente: “Os ratos tomaram conta da Petrobras. É a crítica social, a crítica política no desfile da Beija Flor”, sublinhou.

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Um dos comentaristas lembrou que a escola denunciava também a “carga tributária que é uma das maiores do mundo”. O “peso dos impostos nos ombros de todos nós”, segundo um narrador, não seria compensado por serviços à altura. Ora, se a Beija Flor estava ali para denunciar injustiças, seria necessário ao observador — honesto ou ao menos bem informado — lembrar que a carga tributária no Brasil incide justamente sobre os mais pobres.

"Mais adiante, a interpretação dada por um comentarista global ao carro alegórico que trazia o prédio da Petrobras foi de que as favelas seriam “consequência dessa corrupção. Ora, talvez a explicação dada pela própria Tuiuti faça muito mais sentido: os descendentes de negros libertos, abandonados depois da escravidão, é que formam o grande contingente populacional das favelas, hoje submetidos a novas formas de escravidão", explica Azenha.

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Observações in loco de repórteres sobre os carros alegóricos da Beija Flor não foram feitas a respeito dos da Tuiuti, razão pela qual não houve registro claro contextualizado da presença dos paneleiros, dos patos da Fiesp, nem do tucano engaiolado, outra fina ironia que a Globo sonegou a seus telespectadores. "Como tudo isso ficou de fora não só na transmissão, mas também no resumo do desfile e em todos os telejornais da Globo, sabemos que não foi por acaso", finaliza o jornalista.

Confira a íntegra do texto aqui:

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