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Washington Post avalia que resultado das eleições sinaliza dificuldades para o futuro político de Bolsonaro

"Com candidatos espalhados por vários partidos, o presidente perdeu força na hora de planejar uma estratégia eleitoral coerente e criar uma identidade. A extrema direita também chegou a esta eleição terrivelmente dividida", destaca reportagem do jornal Washington Post

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução)
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247 -A configuração resultante das eleições municipais no Brasil aponta que apesar de grandes partidos, como o PT e o MDB, terem perdido espaço, um dos maiores derrotados foi Jair Bolsonaro, diz reportagem do jornalista Raphael Tsavkko Garcia, no jornal norte-americano Washington Post. O texto que ressalta que o ex-capitão “apoiou candidatos espalhados por muitos partidos, mas não conseguiu eleger a maioria daqueles pelos quais fez campanha”.

“Os resultados mostram um cenário eleitoral confuso em que o chamado Centrão, composto por partidos sem grande alinhamento ideológico, ganhou espaço. Enquanto isso, a extrema direita, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro, recuou e a esquerda sofreu um grande realinhamento interno, com as candidaturas tradicionais dando lugar a políticos mais jovens com agendas baseadas na identidade; candidatos progressistas, especialmente mulheres negras e candidatos LGBT, viram um crescimento surpreendente”, destaca o texto. 

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“Curiosamente, as candidaturas tradicionais acabaram perdendo espaço em várias grandes cidades para mulheres negras e candidatas trans, que faziam campanha com base na ideia de representatividade – tendência que promete apenas ganhar impulso para as próximas eleições nacionais de 2022”, avalia Garcia. 

“À direita, Bolsonaro sofre com a falta de um partido político próprio – e de uma base unificada. Com candidatos espalhados por vários partidos, o presidente perdeu força na hora de planejar uma estratégia eleitoral coerente e criar uma identidade. A extrema direita também chegou a esta eleição terrivelmente dividida”, completa.

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Para o jornalista, apesar da campanha de desinformação nas redes sociais desencadeada após a tentativa de ataques hackers e de problemas em um computador do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultaram em atraso na apuração , a explicação para a derrota de Bolsonaro e da direita podem ser relativamente simples. “A eleição de 2018 que Bolsonaro venceu e que levou vários políticos extremistas a cargos legislativos foi atípica. Além de uma das maiores campanhas de desinformação e notícias falsas já vista, foi uma época em que as festas tradicionais foram apanhadas de calças abertas”, avalia.

“Mas com um país ainda em crise – não só por causa da pandemia, mas também por causa de um governo inadequado – com a fragmentação da base política do Bolsonaro e uma aparente redução da desinformação online, o extremismo acabou perdendo força. A promessa de transformação não se cumpriu, a moralização da política não chegou (Bolsonaro e sua família estão envolvidos em inúmeros escândalos de corrupção) e, no final, parece haver um limite para o ódio e as mentiras espalhadas pelas redes sociais”, ressalta o texto.

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