Wilson Ferreira: Globo tenta tirar a própria lama no caso Waack
Quem armou essa cilada contra William Waack levou em conta o atual contexto delicado da Globo: depois de seu jornalismo de guerra nos últimos anos ter dado visibilidade e repercussão à direita raivosa (aquela que vê o “politicamente correto” como “conspiração comunista”) para acirrar a crise política que culminaria no impeachment, agora a emissora tenta limpar suas mãos da lama que estrategicamente revolveu por anos, aponta Wilson Ferreira



Por Wilson Ferreira, na revista Fórum
Assim como no episódio do assédio sexual do ator José Mayer (naquele momento a Globo fez o cast feminino da casa vestir uma camiseta estampada “Mexeu com uma mexeu com todas”), da mesma maneira prontamente a emissora despachou William Waack depois da repercussão de um antigo vídeo no qual o jornalista fazia afirmações racistas em tom de galhofa enquanto aguardava para entrar ao vivo.
Fosse em outros tempos, episódios como esses entrariam para o folclore da história dos bastidores televisivos. Quem armou essa cilada contra William Waack levou em conta o atual contexto delicado da Globo: depois de seu jornalismo de guerra nos últimos anos ter dado visibilidade e repercussão à direita raivosa (aquela que vê o “politicamente correto” como “conspiração comunista”) para acirrar a crise política que culminaria no impeachment, agora a emissora tenta limpar suas mãos da lama que estrategicamente revolveu por anos. Disse em nota que é “visceralmente contra o racismo”.
A Globo tenta ignorar de forma tautista a patologia psíquica que ajudou a incitar, da mesma maneira como até hoje tenta provar que nada teve a ver com a lama da ditadura militar que ajudou a esconder.
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