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A dor sem fim de uma mãe

Kate McCann, que perdeu a pequena Madeleine h quatro anos num hotel em Portugal, ainda procura pela filha, sem ajuda de nenhum governo. E acaba de lanar um livro sobre o seu drama

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247 - "Eu corri até o estacionamento do nosso apartamento de férias, indo de um lado a outro, e gritando: Madeleine, Madeleine. Estava frio e ventava muito. Eu ainda podia vê-la vestindo seu pijaminha da Marks & Spencer e imaginava como ela deveria estar tremendo. O medo tomou conta do meu corpo inteiro".

Assim começa o livro escrito por Kate McCann e lançado neste fim de semana, na Inglaterra, com o título "Our pain never ends" (Nossa dor nunca termina). Kate revela a dor que ela o marido enfrentam desde a noite de 3 de maio de 2007, quando a pequena Madeleine, desapareceu num hotel em Portugal.

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O livro é também um acerto de contas com o passado e com a própria família, pois o casal tem ainda outras duas crianças, ainda traumatizadas pelo desaparecimento da irmã. Quatro anos atrás, Kate e Gerry contaram com o apoio das autoridades da Inglaterra e de Portugal. Tempos depois, quando as autoridades portuguesas encerraram as buscas, e próprio casal passou a ser suspeito do crime. E mesmo quem não os julgava capazes de cometer um assassinato contra a própria filha, os culpava por negligência -- Kate e Gerry jantavam e bebiam com amigos, quando Madeleine, que estava no quarto, desapareceu. "A imprensa publicou tantas histórias sem saber de nada, que acabou causando muita dor à nossa família, sem contar o fato de que atrapalhou as buscas por Madeleine".

Kate McCann diz, em seu livro, que a injustiça sofrida por ela e pelo marido dói tanto quanto a dor pela perda da filha."Todos os dias eu dizia para mim mesma: eu sei a verdade, deus sabe a verdade e a verdade um dia prevalecerá".

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Madeleine desapareceu quando faltavam duas semanas para o seu quarto aniversário. Se ainda estiver viva, estará prestes a completar oito anos. O hotel escolhido para as férias foi o Ocean Club, muito freqüentado por ingleses, na Praia da Luz, no Algarve. Na noite de 3 de maio, quando todos os casais desceram para o jantar, Kate e Gerry decidiram, em comum acordo, que poderiam dispensar os serviços da creche do resort e que Madeleine tomaria conta das duas outras crianças. "Nunca me passou pela cabeça que aquela não seria uma opção segura", diz Kate. "Estávamos a 45 segundos do quarto".

Ela e o marido ainda acreditam no aparecimento da filha. Nos últimos quatro anos, vários psicóticos na Inglaterra e em Portugal ligaram para a polícia dizendo ter pistas sobre o crime. Eram todos alarmes falsos. Kate se agarra à história de Jacye Lee Dugard, que desapareceu em São Francisco quando tinha 11 anos e reapareceu 18 anos depois. No Brasil, já houve a história do menino Pedrinho, roubado da mãe em plena maternidade, e que chegou a um final feliz. "Ela está viva", acredita Kate. "E quer voltar a viver junto de uma família feliz"

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