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A esperança vai vencer o medo na França?

Diferena entre Franois Hollande, que encarna a possibilidade de estmulos ao crescimento europeu, e Nicolas Sarkozy, que se alinha austeridade alem e passou a pregar intolerncia contra imigrantes, encolheu drasticamente; leia o relato da correspondente do 247 em Paris, Roberta Namour

A esperança vai vencer o medo na França? (Foto: Eric Feferberg/Reuters)
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris - A um dia do segundo turno da eleição presidencial francesa, a diferença de intenções de voto entre François Hollande (52%) e Nicolas Sarkozy (48%) nunca foi tão estreita. Os dois homens estão separados por apenas quatro pontos contra os 10 pontos no final da semana passada, de acordo com a pesquisa do Ifop-Fiducial publicada pelo "Paris Match", na última sexta-feira.

François Hollande perdeu três pontos percentuais em uma semana e um ponto em relação a quinta-feira, todos para Nicolas Sarkozy.

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Apesar de não terem apoiado o candidato da direita no segundo turno, a preferência dos eleitores da radical de direita Marine Le Pen e do centrista François Bayrou continua a ascender para o presidente em exercício, que passou a pregar a intolerância aos imigrantes e se mantém alinhado ao plano de austeridade econômica europeia, comandado pela alemã Angela Merkel. Cerca de 55% dos eleitores da FN votam Nicolas Sarkozy (+5) assim como 37% dos eleitores de François Bayrou (+ 3). Aproximadamente 16% dos entrevistados disseram que ainda podem mudar de opinião até amanhã.

Hollande representa a possibilidade de um novo modelo. Tem dito, com todas as letras, que nem o sistema financeiro nem a Alemanha foram eleitos para governar toda a Europa. Ele tem pregado que políticas de austeridade apenas têm agravado a recessão e defende medidas anticíclicas, de estímulo ao crescimento.

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Ou seja, a eleição francesa de 2012 se parece com a do Brasil de dez anos atrás, quando Lula dizia que “a esperança vai vencer o medo”. Hollande é favorito, mas até as 20 horas de domingo, horário de Paris, tudo pode mudar. Mesmo insatisfeitos com a situação econômica da França, migrar para a esquerda é um passo grande para quem viveu 17 anos à direita. De fato uma nova onda de frescor faria um bem enorme para o país, mas isso não quer dizer que ela deva necessariamente vir dos socialistas. Os quase 18% de votos no primeiro turno para a radical de direita foi encarado por aqui como um grito de revolta e um pedido de socorro. Os dois candidatos ainda em disputa não poderão ignorar isso, nem mesmo quando um deles for eleito. Caso contrário, os franceses farão o que são imbatíveis, paralisar o país com uma grande manifestação.

 

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