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Mundo

A infeliz tendência do Egito

A tendência, infelizmente, é que a violência aumente e deixe as ruas do Egito mais ensanguentadas. A crise no país mais importante do mundo árabe é muito séria

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Espero que o leitor continue comigo apesar de uma informação óbvia logo no início do artigo: a situação no Egito é cada vez mais dramática.

Nos últimos cinco dias, ao menos de 85 pessoas morreram em razão dos conflitos entre partidários do presidente deposto Mohamed Morsi e apoiadores do regime militar em vigor.

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União Europeia e EUA já ligaram o sinal amarelo (está quase no vermelho) para o país mais importante do mundo árabe.

As ruas de Alexandria e do Cairo (apenas para ficar nas duas cidades mais importantes) só registram mortes Não funcionam mais como metrópoles. Na madrugada do sábado, em Nasr City, subúrbio da capital onde a Irmandade Muçulmana (grupo político de Morsi) fez seu novo QG, 72 militantes morreram e "centenas ficaram feridos, sendo 61 em estado grave", relatou a CNN.

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A acusação da oposição é que o governo usou armas letais para reprimir as manifestações. A polícia disse que utiliza apenas bombas de gás lacrimogêneo. A corporação também afirmou que 14 de seus homens acabaram feridos.

Relatos de quem estava nesta praça de guerra informam que "de um lado [dos policiais] havia armas, do outro [dos manifestantes], paus e pedras". Os números citados acima mostram quem se deu pior.

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Até o vice-presidente do governo militar, o ganhador do Nobel da Paz Mohamed El Baradei ,condenou "energicamente o uso de força excessiva para reprimir os protestos" e lamentou as mortes.

Motivos

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O caldeirão passou a ferver com mais energia quando procuradores disseram que Mohamed Morsi e outros membros da Irmandade fugiram de uma prisão durante a revolução de 2011 (aquela que tirou o faraó Mubarak da cadeira após 30 anos) com a ajuda do Hamas e Hezbollah. O ex-presidente é acusado de destruir arquivos do presídio e matar policiais e outros prisioneiros.

O anúncio enfureceu partidários do grupo islâmico, que saíram às ruas para protestar. Vale lembrar que Morsi está preso desde 3 de julho (quando os militares deram o golpe) em lugar desconhecido e sem nenhuma acusação formal.

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Os homens da Irmandade Muçulmana, o grupo político mais influente e organizado do país, avisaram que não vão parar de protestar enquanto Mohamed Morsi não voltar à Presidência. Pelo que estamos observando nas últimas semanas, essa possibilidade é praticamente a mesma da Coreia do Norte virar uma democracia até o final da semana. A tendência, infelizmente, é que a violência aumente e deixe as ruas do Egito mais ensanguentadas. A crise no país mais importante do mundo árabe é muito séria.

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