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A partida ainda não terminou para Nicolas Sarkozy

Apesar de aparecer em larga desvantagem em relao ao socialista Franois Hollande, comportamento indeciso do eleitor francs ainda mantm viva a esperana da reeleio

A partida ainda não terminou para Nicolas Sarkozy (Foto: Philippe Wojazer/REUTERS)

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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris - Em abril de 1981, pouco antes do primeiro turno das eleições presidenciais na França, Valery Giscard d'Estaing, então presidente, estava liderando as pesquisas (IFOP) com 26,5%. O socialista François Mitterrand tinha 23,5%. Poucos dias depois, o mesmo Giscard venceu o primeiro turno com 28,31%. Mitterrand obteve 25,84%. Quinze dias depois, o socialista foi eleito com 51,76% dos votos contra 48,24% de Giscard. O favorito nas pesquisas, o favorito em tudo, o líder do primeiro turno foi derrotado.

Ou seja, o presidente Nicolas Sarkozy, que aparece em larga desvantagem nas pesquisas em relação ao socialista François Hollande, ainda não está fora do jogo.

Certamente, o mapa eleitoral da França em 1981 não é o mesmo de hoje. É verdade que a concorrência da Frente Nacional e do candidato do centro é uma desvantagem para Nicolas Sarkozy. Mas xiste um fator sem precedentes nesta campanha que pode tornar tudo ainda possível. Não é tanto o número de eleitores indecisos (26% segundo as pesquisas) que impressiona, mas sim a natureza desta indecisão. Uma pesquisa interessante publicada pelo Le Monde em sua edição de terça-feira mostrou que nos últimos seis meses um em cada dois eleitores mudaram sua intenção de voto.

O eleitor indeciso não é exatamente aquele que não sabe em quem votar, mas quem pode votar no segundo turno para o candidato que rejeitou antes do primeiro turno.

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