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'Acordo do século': Trump revela detalhes de plano de paz para Israel-Palestina

Trump anunciou que o plano estipula que Jerusalém será a capital israelense e que os assentamentos de Israel na Cisjordânia seriam reconhecidos pelos EUA. Em troca, Israel congelaria a construção de novos assentamentos nos territórios palestinos

Donald Trump e Netanyahu (Foto: Leonardo Attuch)
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Sputnik - Após reuniões com o premiê israelense, Benjamin, Netanyahu e o líder da oposição de Israel, Benny Gantz, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou os primeiros detalhes do acordo de paz dos EUA para conflito Israel-Palestina.

Trump anunciou que o plano estipula que Jerusalém será a capital israelense e que os assentamentos de Israel na Cisjordânia seriam reconhecidos pelos EUA.

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Em troca, Israel congelaria a construção de novos assentamentos nos territórios palestinos por quatro anos e os EUA abririam uma embaixada para a Palestina na região oriental de Jerusalém.

Segundo Trump, a proposta dos EUA "mais que dobraria" o território palestino.

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"Minha visão apresenta uma oportunidade ganha-ganha para ambos os lados, uma solução realista de dois estados que resolve o risco do Estado palestino para a segurança de Israel", disse Trump em entrevista coletiva.

Trump também anunciou a criação de uma comissão conjunta com Israel.

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"Nós formaremos uma comissão conjunta com Israel para transformar o mapa conceitual [do plano] em uma versão mais detalhada e calibrada para que o reconhecimento possa ser alcançado imediatamente", acrescentou Trump.

Entre os líderes israelenses que participaram de reuniões separadas com Trump, na segunda-feira (27), em Washington, apenas Gantz se comprometeu com o plano. Netanyahu e Gantz protagonizam a disputa eleitoral em Israel. Após duas eleições, em abril e setembro de 2019, nenhum deles conseguiu uma vitória definitiva. Uma terceira votação será realizada em março deste ano.

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Plano não teve participação da Palestina

As autoridades palestinas se opuseram anteriormente ao plano e protestos em massa são esperados nos territórios palestinos, enquanto Israel prepara medidas de segurança. Uma das principais questões levantadas foi que a Palestina não participou das negociações.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, teria sinalizado um "Dia de Fúria" para a quarta-feira (28) em resposta ao plano de Trump, abrindo caminho para mais confrontos entre manifestantes e forças israelenses.

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Os palestinos cogitam desistir dos chamados acordos de Oslo, que criaram a Autoridade Palestina e regulam suas relações com o estado de Israel. Os acordos foram assinados na década de 1990 e criaram oficialmente a Autoridade Palestina, encarregada de governar os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Trump acredita que Palestina aceitará seu plano

O presidente dos EUA se mostrou convencido de que os palestinos aceitarão seu plano. "Temos o apoio do primeiro-ministro [ de Israel], temos o apoio de outros partidos e achamos que teremos o apoio dos palestinos, mas vamos ver", disse ele na segunda-feira.

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O principal nome por trás da criação do plano é o genro de Donald Trump, Jared Kushner. A ideia inicial era publicá-lo após as eleições de abril de 2019 em Israel, mas imbróglio político em Israel atrasou o anúncio.

Kushner revelou a parte econômica do plano, ainda em 2019, durante uma conferência no Bahrein, mas não conseguiu apoio dos palestinos.

Israel e Palestina estão envolvidos em um conflito desde o surgimento do estado israelense, em 1949. As administrações norte-americanas anteriores, alinhadas com a Organização das Nações Unidas (ONU), favoreceram um acordo que previa um Estado palestino independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com sua capital em Jerusalém Oriental.

No entanto, Trump reverteu essa política e fez uma série de movimentos pró-Israel. Entre eles, a transferência da embaixada dos EUA de Tel-Aviv para Jerusalém e o reconhecimento da anexação das Colinas de Golã, feita ilegalmente por Israel na Síria, assim como dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, também ilegais de acordo com o direito internacional.

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