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Acordo Mercosul-União Europeia: muita calma nessa hora, diz especialista

O acordo comercial entre Mercosul e UE finalmente saiu do papel e parece ser o primeiro grande sucesso internacional do governo de Jair Bolsonaro; no entanto, nem tudo está bem no Reino da Dinamarca

Osaka - Japão: Presidente Jair Bolsonaro e o Presidente da França, Emmanuel Macron, durante Reunião Paralela dos Lí­deres do G20 (Foto: Foto: Frederico Mellado / ARG)
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Sputnik Brasil - O acordo comercial entre Mercosul e UE finalmente saiu do papel e parece ser o primeiro grande sucesso internacional do governo de Jair Bolsonaro. No entanto, nem tudo está bem no Reino da Dinamarca. 

O Mercosul e a União Europeia (UE) celebraram nesta sexta-feira um acordo comercial, que vinha sendo negociado há 20 anos. A longa espera finalmente terminou e a imprensa dos dois lados do Atlântico comemora de forma efusiva o documento que, alguns meses atrás, parecia impossível para maioria dos especialistas da área de comércio e de relações internacionais.

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Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM/SP), conversou com Sputnik Brasil sobre o tema e declarou que a euforia relativa à assinatura do documento precisa ser analisada melhor. 

Para ele, a indústria brasileira pode sofrer grande pressão com a nova disposição econômica, proposta pelo acordo entre Mercosul e União Europeia.  

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"Em termos práticos, a adesão para a indústria automotiva à abertura de tarifa zero para entrada de automóveis europeus no Brasil, que era de 15 anos, passou para 10 anos, e caiu o período de carência de 5 anos. Na prática, nos vamos sofrer uma concorrência brutal", alertou o especialista.  

Segundo ele, a indústria nacional não estaria preparada para concorrer com os produtos europeus. 

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"Precisamos de um pouco mais de calma para comemorar ou chorar em cima desse acordo".  

Além disso, Trevisan acrescentou que o Brasil pode vir a receber muitas mercadorias feitas na Ásia com o "carimbo" de produto europeu, o que, segundo o professor, é possível, considerando as formulações do acordo.  

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No entanto, alega Trevisan, a grande incógnita e risco para o Brasil reside nos acertos relativos à produção agrícola.  

"Qualquer problema fitossanitário, ou qualquer problema de origem ambiental, aquele produto fica por meses barrado de entrar. Essa clausula de precaução já atingiu a soja brasileira em diferentes situações", explicou o interlocutor da Sputnik Brasil.  

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De todo modo, o docente da ESPM lembrou que o acordo ainda precisa ser ratificado por todos os estados da UE para entrar em vigor. "Esse processo será longo, e não há previsibilidade de que ele será como é hoje", ponderou o professor.  

"Precisamos ter um pouco mais de calma, quando falamos da assinatura imediata desse acordo", concluiu.

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