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Ucrânia e Rússia assinam acordo para exportação de grãos

O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a assinatura do acordo como “um farol de alívio em um mundo que precisa mais do que nunca”

Armazém de grãos em Zhovtneve, Ucrânia. 14/07/2016 (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

RT - Um acordo para desbloquear as tão esperadas exportações de grãos da Ucrânia foi assinado nas negociações mediadas pela ONU em Istambul, na Turquia, nesta sexta-feira, 22.

Sob os termos do acordo, que foi estabelecido provisoriamente na semana passada, representantes da Ucrânia, Rússia, ONU e Turquia concordaram em abrir um centro de coordenação conjunto na capital turca para supervisionar os embarques da Ucrânia e manter rotas de trânsito seguras para esses embarques através do Mar Negro.

O ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, e seu colega turco, Hulusi Akar, assinaram um acordo com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, enquanto o ministro da Infraestrutura ucraniano, Aleksandr Kubrakov, assinou um documento separado com Akar, concluindo o processo.

Guterres descreveu a assinatura do acordo como “um farol de alívio em um mundo que precisa mais do que nunca” e agradeceu ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, por sua “persistência” na assinatura do acordo. Guterres também elogiou as autoridades russas e ucranianas por “colocar de lado [suas] diferenças” em prol do suprimento mundial de alimentos, principalmente nos países em desenvolvimento.

As entregas de trigo da Ucrânia, um grande produtor, foram interrompidas depois que a Rússia lançou sua operação militar no estado vizinho no final de fevereiro. Os lados anteriormente culpavam um ao outro por causar a crise.

A Ucrânia e algumas autoridades ocidentais acusaram a Rússia de impedir deliberadamente os embarques bloqueando os portos do Mar Negro do país. Moscou insiste que a Ucrânia tornou os embarques impossíveis ao colocar minas navais fora dos portos, incluindo Odessa.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou em março que atrasos nos embarques de trigo da Ucrânia e da Rússia podem levar a “um furacão de fome e um colapso do sistema alimentar global”.

Ele disse que 45 países africanos e outros menos desenvolvidos recebem pelo menos um terço de seu trigo da Ucrânia ou da Rússia e que, para 18 deles, essas exportações representam pelo menos 50%.

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