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Ahmadinejad acusa Ocidente de "intimidação" nuclear

Em seu discurso na ONU, presidente do Irã criticou o que chamou de "unilateralismo, imposição de guerras e ocupações para garantir interesses econômicos", além da "corrida armamentista e intimidação por armas nucleares"

Ahmadinejad acusa Ocidente de "intimidação" nuclear

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Agência Brasil - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou o Ocidente de "intimidação" nuclear, em discurso anual na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta quarta-feira 26, segundo informações da agência de notícias BBC Brasil.

Ahmadinejad criticou o que chamou de "unilateralismo, imposição de guerras e ocupações para garantir interesses econômicos", além da "corrida armamentista e intimidação por armas nucleares". Também citou "a contínua ameaça de sionistas de recorrer à ação militar" (em referência à possibilidade de Israel atacar o Irã para impedir que o país persa obtenha armas nucleares).

O discurso foi boicotado pelos Estados Unidos e por Israel. Na véspera, em sua fala perante a Assembleia Geral, o presidente norte-americano, Barack Obama, havia dito que fará "tudo o que puder" para impedir um Irã nuclear.

Ao se reunir ontem (25) com os líderes religiosos dos países muçulmanos, o presidente do Irã disse que a discussão sobre armas não pode ser predominante nas relações multilaterais. Ahmadinejad negou irregularidades no programa nuclear iraniano, suspeito de produção de armas atômicas segundo parte da comunidade internacional. Para o presidente iraniano, o programa desenvolvido no país é utilizado como “ferramenta” para atacar o Irã.

“O programa nuclear iraniano é usado como uma ferramenta nas mãos de potências hegemônicas. Não há [avaliações] técnicas nem legais [sobre o programa nuclear iraniano]”, disse Ahmadinejad.
“[O programa do Irã] segue os regulamentos da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). A nação iraniana tem o pleno direito de desenvolver energia limpa.”

O presidente iraniano disse que o país é alvo de sanções internacionais há 18 anos. Segundo ele, o governo dos Estados Unidos lidera a campanha contra os iranianos. Para Ahmadinejad, há interesses externos em retomar a hegemonia política e econômica, que não é comportada no mundo atual. “A nação iraniana não tem medo de nada”, disse ele.

Ahmadinejad defendeu a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O órgão é formado por 15 membros, dos quais apenas cinco têm assentos permanentes. O Brasil pleiteia uma vaga e sugere a ampliação do órgão. “Enquanto há quase 200 países do mundo que integram a organização, as decisões são tomadas por apenas alguns países”, disse Ahmadinejad.

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