Alemanha diz que presença da Ucrânia na Otan não deve ser discutida pela Rússia e outros países
Líder social-democrata germânico alega "liberdade de escolha de alianças"
KIEV, 14 de fevereiro, TASS - A participação da Ucrânia em quaisquer alianças não está na agenda, disse o chanceler alemão Olaf Scholz nesta segunda-feira (14), após conversas com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em Kiev.
"A questão da participação [da Ucrânia] em alianças praticamente não está na agenda", disse ele, acrescentando que é estranho que Moscou apresente esse assunto como "um sério problema de política externa". "No entanto, é um desafio que estamos enfrentando. Quando algo que está absolutamente fora de questão se torna um problema", disse. Ressaltou que a liberdade de escolha de alianças, "os princípios fundamentais de Helsinque" não pode ser objeto de discussão. No entanto, ele pediu um acerto de contas com a realidade.
Ele evitou a pergunta sobre possíveis suprimentos de armas da Alemanha para a Ucrânia, dizendo apenas que o governo alemão considera cada pedido individualmente. "Gostaria de repetir mais uma vez que a Alemanha fornece o maior apoio financeiro à Ucrânia e continuará assim da nossa parte", prometeu. "Quanto a algumas possibilidades que temos, estamos considerando solicitações sob um novo padrão e, quando a verificação terminar, poderemos dizer algo."
O Ocidente e Kiev recentemente ecoaram alegações sobre a potencial invasão russa da Ucrânia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou essas alegações como "vazias e infundadas", servindo como uma manobra para aumentar as tensões, apontando que a Rússia não representava nenhuma ameaça a ninguém. No entanto, Peskov não descartou a possibilidade de provocações destinadas a justificar tais alegações e alertou que as tentativas de usar a força militar para resolver a crise no sudeste da Ucrânia teriam sérias consequências.
Berlim tem sido contra o fornecimento de armas a Kiev, mas a Alemanha está sob forte pressão de seus parceiros da União Europeia, principalmente a Polônia e os países bálticos, e os Estados Unidos, que exigem que a Alemanha envie sinais claros à Rússia. Alguns políticos ucranianos acusaram a Alemanha de "trair seus amigos". A embaixada da Ucrânia em Berlim anteriormente encaminhou uma nota ao Ministério das Relações Exteriores da Alemanha com uma lista de armas que Kiev gostaria de receber. Não está descartado que a resposta "suave" de Scholz tenha como objetivo reduzir a tensão nas relações com Kiev.
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