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Amorim: Haiti precisa "assumir sua segurança"

Em entrevista, ministro da Defesa afirma que saída das tropas brasileiras está "prevista no horizonte"; "Não pensamos em uma saída irresponsável, e nem se pode dizer que já há uma data marcada para isso. Mas a saída está prevista em nosso horizonte"

Em entrevista, ministro da Defesa afirma que saída das tropas brasileiras está "prevista no horizonte"; "Não pensamos em uma saída irresponsável, e nem se pode dizer que já há uma data marcada para isso. Mas a saída está prevista em nosso horizonte" (Foto: Gisele Federicce)
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Opera Mundi - "É preciso que o Haiti assuma a responsabilidade de sua própria segurança", afirmou o ministro da Defesa, Celso Amorim, em entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (17/04), sinalizando que a saída da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), comandada pelo Brasil, está "prevista no horizonte". A presença das forças militares completa dez anos em 2014.

A retirada das tropas da ONU do país é uma reivindicação dos movimentos sociais haitianos e sul-americanos, que denunciam supostas violações aos direitos humanos cometidas pelos capacetes azuis.

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A retirada das tropas, no entanto, não tem prazo para ocorrer, segundo o ministro. "Não pensamos em uma saída irresponsável, e nem se pode dizer que já há uma data marcada para isso. Mas a saída está prevista em nosso horizonte". As colaborações bilaterais do Brasil com ao país deverão ter continuidade "em projetos como os de engenharia militar e outros".

O ministro também ressaltou o que considera ser o êxito da missão. "Apesar de todos os problemas que havia no país, conseguimos estabelecer um trabalho de manutenção de segurança, de lei e da ordem", disse. Em abril do ano passado, o Brasil reduziu suas tropas no Haiti para cerca de 1.200 militares.

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Presença controversa

Durante a Cúpula dos Povos realizada em 2013 em Santiago do Chile, movimentos sociais latino-americanos fizeram um chamado aos governos dos países que integram a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para retirar definitivamente as tropas militares da Minustah do país. Os ativistas defendem que tal presença não é necessária, uma vez que não há nenhum conflito armado no país.

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Os ativistas também denunciam supostas violações aos direitos humanos da população civil e a introdução do vírus da cólera na ilha, que é atribuída aos soldados nepaleses, segundo estudo da própria ONU, e que já matou mais de 8.830 pessoas desde 2010.

No final de 2013, o presidente do Uruguai, José Mujica, anunciou a retirada de suas tropas do Haiti após criticar o objetivo da missão. "Uma coisa é ajudar o povo haitiano para que se construa uma polícia [local]. Outra é estar lá indefinidamente com um regime que ao menos nos faz duvidar quanto à continuidade de renovação democrática". Para ele, "se em 10 anos não podemos resolver essas questões, evidentemente, nos parece que o caminho tem que ser outro".

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O Haiti deverá realizar eleições legislativas e municipais em 26 de outubro, com mais de dois anos de atraso.

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