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      Após um ano e meio de crise, novo presidente do Haiti toma posse

      Após uma crise eleitoral que paralisou a vida política do país por um ano e meio, Jovenel Moïse tomou posse como presidente do Haiti nesta terça-feira (7) na capital, Port-au-Prince; o empresário de 48 anos assina o início de sua carreira política chegando ao mais alto cargo no país mais pobre do Caribe. As informações são da Radio France Internationale

      Jovenel Moïse, presidente do Haiti, durante sua campanha em 2015 (Foto: Giuliana Miranda)
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      Da Radio France Internationale

      Após uma crise eleitoral que paralisou a vida política do país por um ano e meio, Jovenel Moïse tomou posse como presidente do Haiti nesta terça-feira (7) na capital, Port-au-Prince. O empresário de 48 anos assina o início de sua carreira política chegando ao mais alto cargo no país mais pobre do Caribe. As informações são da Radio France Internationale.

      Jovenel Moïse entrou para a política em 2015, impulsionado por Michel Martelly, eleito presidente em 2011. Martelly queria fazer desse produtor de banana, apelidado de "Homem Banana" durante a campanha, o seu sucessor.

      O presidente em fim de mandato, uma estrela do Carnaval que divertia multidões abusando de uma linguagem grosseira, contrasta com seu sucessor de personalidade sóbria e desconhecido do público. Moïse venceu o primeiro turno da eleição presidencial em outubro de 2015. Mas, por causa dos protestos e fraudes, a votação foi cancelada.

      O empresário, que pretende reativar, pela agricultura, a economia haitiana, finalmente foi confirmado presidente em novembro de 2016, quando a votação foi remarcada após a passagem do furacão Matthew.

      Primeira República negra

      No final do mandato de Michel Martelly, em 7 de fevereiro de 2016, por falta de sucessor eleito a tempo, o Parlamento escolheu o então presidente do Senado, Jocelerme Privert, para ocupar o cargo como interino.

      Nesta terça-feira, Privert entregou a faixa presidencial ao presidente da Assembleia Nacional, que, em seguida, a passou a Jovenel Moïse.

      Com um ano de atraso, a primeira República negra da história, marcada por uma tradição de instabilidade política, retornará à ordem constitucional tendo um presidente eleito por sufrágio universal.

      Mais de 2 mil pessoas foram convidadas para a posse do 58ª chefe de Estado haitiano. As cerimônias vão acontecer no palácio presidencial, que foi destruído durante o terrível terremoto de janeiro de 2010.

      Rigor: palavra de ordem

      O rigor tem sido a palavra de ordem para a organização das cerimônias, de acordo com a equipe do presidente eleito, já que o Haiti está em plena crise econômica. O país tem mais de US$ 2 bilhões em dívida, e o crescimento não deve exceder 1% em 2017.

      De acordo com o porta-voz da equipe de transição, o custo da posse se aproxima a US$ 1 milhão, enquanto as posses de René Préval e Michel Martelly custaram mais de US$ 4 e US$ 2 milhões respectivamente.

      Nenhum ex-chefe de Estado haitiano confirmou presença. Jovenel também disse ter convidado os outros 53 candidatos na eleição presidencial como um sinal de sua disposição para apaziguar o clima político. Mas o ambiente continua conflituoso, porque sua vitória no primeiro turno continua a ser contestada.

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