Assad: 'Cameron quer tratar apenas parte de um câncer e não extraí-lo'
Os ataques aéreos britânicos sobre o Estado Islâmico vão falhar em derrotar os militantes do grupo, disse o presidente da Síria, Bashar al-Assad (foto à esq.); ele também ridicularizou a estratégia do primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, para a região; o Poder Legislativo britânico aprovou o bombardeio de alvos do EI na quarta-feira; para Assad, o plano de Cameron tornaria a situação pior, e não melhor; "Eles vão falhar de novo", disse. "Você não pode cortar uma parte de um câncer. Você tem que extraí-lo. Esse tipo de operação está como que retirando uma parte de um câncer. Isso vai fazê-lo se espalhar pelo corpo mais rápido"
LONDON (Reuters) - Os ataques aéreos britânicos sobre o Estado Islâmico vão falhar em derrotar os militantes do grupo, disse o presidente da Síria, Bashar al-Assad, em entrevista ao jornal Sunday Times na qual ridicularizou a estratégia do primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, para a região.
O Poder Legislativo britânico aprovou o bombardeio de alvos do Estado Islâmico da Síria na quarta-feira. Horas depois, a força aérea do país atacou campos de petróleo que o governo de Cameron diz que estão sendo utilizados para financiar ataques contra o Ocidente.
Falando em uma entrevista realizada antes da votação no parlamento, cujo resultado havia sido amplamente antecipado, Assad disse que a estratégia de Cameron tornaria a situação pior, e não melhor.
"Eles vão falhar de novo", disse. "Você não pode cortar uma parte de um câncer. Você tem que extraí-lo. Esse tipo de operação está como que retirando uma parte de um câncer. Isso vai fazê-lo se espalhar pelo corpo mais rápido".
A polícia de Londres disse que está tratando um esfaqueamento no sábado como um incidente terrorista, depois de um homem com uma faca atacar outro, gritando, segundo a imprensa britânica, "isso é pela Síria".
Assad ridicularizou a afirmação de Cameron de que existem cerca de 70 mil combatentes da oposição na Síria apoiados pelo Ocidente que poderiam abrir uma solução política para a guerra civil e retomar território de jihadistas enfraquecidos pelos ataques aéreos.
"Este é um novo episódio de uma longa série de farsas clássicas de David Cameron... onde estão eles? Onde estão os 70 mil moderados de quem ele está falando? Não há 70 mil. Não há nem 7 mil".
Cameron se opõe ao governo de Assad na Síria, onde mais de quatro anos de guerra civil forçaram milhões de refugiados a fugir do país. Em 2013, Cameron havia falhado em obter aprovação do parlamento para ataques aéreos às forças de Assad.
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