Assange não será extraditado se houver risco de morte

Sul 21 - A Grã-Bretanha tem assegurado ao Equador que Julian Assange tem duas garantias de que não será extraditado da Suécia para os Estados Unidos: se ele tiver de enfrentar a pena de morte ou caso seus direitos humanos sejam violados.

Em uma declaração por escrito, o secretário de Relações Exteriores, William Hague, lamentou que o governo do Equador tenha decidido oferecer asilo a Assange, após a Grã-Bretanha oferecer uma série de garantias em Quito.

A Grã-Bretanha está buscando a extradição de Assange para a Suécia, onde enfrenta acusações de má conduta sexual. O fundador do WikiLeaks, que buscou proteção na embaixada equatoriana em Londres, em junho, teve asilo concedido por Quito. O país sul-americano alegou que Assange poderia ser extraditado da Suécia para os EUA, onde, teme-se que ele possa enfrentar a pena de morte, em função de ter vazado centenas de milhares de documentos do governo dos EUA.

O secretário de Relações Exteriores disse: "Tanto o Reino Unido e a Suécia são signatários da Convenção Europeia dos Direitos do Homem e o governo britânico tem total confiança na independência e imparcialidade do sistema judicial sueco. Como já discutimos com o governo do Equador, o Reino Unido e a Suécia irão implementar e aderir aos mais altos padrões de proteção dos direitos humanos".

"A sugestão de que os direitos humanos Assange seria posta em risco pela possibilidade de extradição diante da Suécia para um terceiro país é sem fundamento", completou.

Com informações do The Guardian