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Ataques de Israel e EUA podem fazer Irã desenvolver armas nucleares para se defender, diz ex-diplomata

Amir Mousavi revelou que se Israel ou os EUA derem passos "perigosos", o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pode reverter a fátua religiosa ou decisão impedidora de sua implementação, de desenvolvimento ou uso de armas nucleares

(Foto: REUTERS/Raheb Homavandi)
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Sputnik - Em 2018, os EUA saíram unilateralmente do acordo nuclear com o Irã e impuseram sanções à nação persa. Agora é esperado o retorno dos norte-americanos ao JCPOA, porém com mudanças que cubram o programa de mísseis iraniano.

Durante entrevista à TV estatal libanesa, o ex-diplomata iraniano Amir Mousavi revelou que se Israel ou os EUA derem passos "perigosos", o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pode reverter a fátua religiosa ou decisão impedidora de sua implementação, de desenvolvimento ou uso de armas nucleares.

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De acordo com a fátua de 2003, ou decisão legal islâmica não vinculativa, as armas nucleares são consideradas contrárias ao islã.

"A fátua é emitida de acordo com o desenvolvimento das circunstâncias. Portanto, acredito que se os americanos e sionistas agirem de maneira perigosa, a fátua pode ser mudada", disse Mousavi em uma entrevista à TV libanesa al-Mayadeen, relatou o jornal The Times of Israel.

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Na entrevista, Mousavi também afirmou que o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, "foi forçado a assinar o acordo nuclear com o Irã" após o abate de um veículo aéreo não tripulado americano pelo Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica em 2011 por "estar se empenhando para vencer o Prêmio Nobel."

"O Irã tem algumas cartas importantes, que pode usar para forçar o presidente [Joe] Biden a retornar [ao Plano de Ação Conjunto Global - JCPOA] sem pré-condições", observando que "a liderança iraniana não está com pressa", acrescentou Mousavi, comentando o renascimento do acordo nuclear com o Irã.

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"À medida que os americanos atrasam o cumprimento de suas obrigações e o cancelamento das sanções, o Irã continuará desenvolvendo suas capacidades nucleares e defensivas. Acredito que a comunidade internacional é quem tem a perder e não o Irã", acrescentou Mousavi.

Em um briefing, nesta terça-feira, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Edward Price, disse que os EUA e o Irã estão em um "longo caminho" de retorno ao acordo nuclear de 2015.

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Price também acrescentou que Biden foi "muito claro" que "se o Irã voltar a cumprir integralmente suas obrigações nos termos [do acordo], os Estados Unidos fariam o mesmo, e então usaríamos isso como uma plataforma para construir um acordo mais longo e mais forte que também aborda outras áreas de preocupação".

Na terça-feira (2), a Agência Internacional de Energia Atômica revelou que o Irã só tem acelerado seu programa nuclear nas últimas semanas, enriquecendo urânio e instalando novas centrífugas na usina subterrânea de Natanz, informou a Reuters. Depois que o ex-presidente americano, Donald Trump, retirou unilateralmente os EUA do JCPOA e restabeleceu as sanções contra o Irã, este último anunciou uma redução gradual de suas obrigações no acordo, abandonando as restrições à pesquisa nuclear, a centrífugas e ao nível de enriquecimento de urânio.

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O ministro iraniano das Relações Exteriores, Javad Zarif, disse em entrevista à CNN, na segunda-feira (1º), que o Irã não pretende construir uma arma nuclear, argumentando que, se o fizesse, teria feito "há algum tempo".

Ele também propôs que o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, pudesse "coreografar" o estabelecimento do diálogo Irã-EUA no retorno ao acordo nuclear.

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