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Aumenta pressão sobre Cameron por offshore

Aumentou a pressão da imprensa britânica e da oposição sobre o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que na quinta-feira (7) admitiu ter tido ações de um fundo offshore ligado a seu pai, Ian, morto em 2010, como revelado pela investigação Panamá Papers; na sexta (8), o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, acusou o chefe de governo de ter "enganado" a opinião pública sobre o seu envolvimento em um "esquema offshore criado para evadir o fisco"

Aumentou a pressão da imprensa britânica e da oposição sobre o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que na quinta-feira (7) admitiu ter tido ações de um fundo offshore ligado a seu pai, Ian, morto em 2010, como revelado pela investigação Panamá Papers; na sexta (8), o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, acusou o chefe de governo de ter "enganado" a opinião pública sobre o seu envolvimento em um "esquema offshore criado para evadir o fisco" (Foto: Romulo Faro)
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Da Ansa Brasil - Aumentou a pressão da imprensa britânica e da oposição sobre o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que na última quinta-feira (7) admitiu ter tido ações de um fundo offshore ligado ao seu pai, Ian, morto em 2010, como revelado pela investigação Panamá Papers.

Nesta sexta (8), o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, acusou o chefe de governo de ter "enganado" a opinião pública sobre o seu envolvimento em um "esquema offshore criado para evadir o fisco".

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Até então, Corbyn vinha evitando ataques diretos ao adversário, mas a admissão de Cameron fez com que ele elevasse o tom. "Foram necessárias cinco divagações para admitir que ele se aproveitou pessoalmente de um fundo de investimentos não declarado em um paraíso fiscal no Caribe", declarou o trabalhista, que lidera a oposição.

O fundo em questão é o Blairmore Holdings Inc., criado pelo escritório panamenho Mossack Fonseca e que funcionou entre 1982 e 2010. Oficialmente, o pai do primeiro-ministro apareceu como diretor da offshore apenas em 1989, mas arquivos do Panamá Papers indicam que ele foi crucial para sua formação.

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Em julho de 1998, o fundo, que era ligado à filial nas Bahamas do banco francês Société Générale, tinha US$ 20 milhões em ativos. David Cameron admitiu que tivera no passado 5 mil ações do Blairmore, mas que as vendeu antes de se tornar primeiro-ministro, no início de 2010, por cerca de 30 mil libras esterlinas.

Além disso, ele garante ter pagado todos os impostos relativos à sua participação na offshore e prometeu divulgar sua declaração de renda para provar. Para Corbyn, o caso não levanta questões apenas sobre a "integridade pessoal" do chefe de governo, mas também evidencia o "fracasso" do seu gabinete em tomar ações contra a evasão fiscal.

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Na quinta, um deputado trabalhista, John Mann, já havia pedido a renúncia de Cameron - posição que ainda não é encampada pelo líder da legenda -, e nesaa sexta outra figura de destaque do partido, o deputado John McDonnell, cobrou uma explicação do premier à Câmara dos Comuns.

Já para Nicola Sturgeon, líder do Partido Nacional Escocês, o chefe de governo deu nos últimos dias a impressão de "querer esconder alguma coisa". Além disso, os principais jornais do país, do conservador Daily Telegraph ao progressista The Guardian, criticaram o premier por conta de seu envolvimento no caso. Diversas manchetes sublinham sua "hipocrisia" ao ter condenado como "moralmente erradas" as práticas para tentar iludir o fisco.

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A investigação Panamá Papers vazou milhares de documentos do escritório Mossack Fonseca, especializado em abrir companhias offshore em paraísos fiscais, e atingiu poderosos de todo o mundo, incluindo políticos, esportistas e empresários.

Os arquivos foram entregues por uma fonte anônima ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, que os repassou para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). O órgão confiou os documentos a centenas de repórteres em vários países, que estão divulgando as informações aos poucos.

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