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Bactéria assassina causa tensões internacionais

Moscou interrompe importao de legumes europeus. Bruxelas pede explicaes e Madri exige uma compensao

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Roberta Namour, correspondente Brasil 247 em Paris _ A bactéria que causou a morte de 17 pessoas e já chegou a oito países na Europa está contaminando igualmente as relações internacionais. A Comissão Europeia retirou o alerta na noite de ontem contra os pepinos espanhóis, suspeitos num primeiro momento de transmitir a infecção. Mesmo assim, nesta manhã, o chefe da agência russa de proteção ao consumidor, Gennady Onishchenko, anunciou que todos os legumes provenientes da Europa foram retirados do mercado. Moscou pede que os russos comprem produtos locais por serem submetidos a normas sanitárias mais profissionais. “A epidemia mostra que a legislação sanitária europeia, que alguns pressionam a Rússia de adotar, não funciona”, diz Onishchenko. O País já tinha proibido a venda dos produtos da Espanha e da Alemanha.

A ação despertou a ira de Bruxelas que pretende pedir explicações. Segundo o porta-voz da Comissão Europeia para questões de saúde pública, Frédéric Vincent, a exportação de produtos europeus representra entre 3 e 4 bilhões de euros por ano.

Já as autoridades espanholas anunciaram a intenção de pedir uma compensação pelo prejuízo sofrido pelo mercado local de exportação. A Federação espanhola de produtores e exportadores de frutas e legumes (Fepex) avalia a perda em 200 milhões de euros por semana. Depois de os pepinos espanhóis terem sido acusados por causar as mortes na Alemanha, análises laboratoriais invalidaram essa teoria. “Não existe mais nenhum indício do envolvimento dos produtos espanhóis nessa epidemia de diarreia mortal”, afirmou o chefe do governo espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero. “Agora nós temos uma tarefa pela frente muito árdua de recuperar rapidamente a boa reputação e a comercialização de todos os nossos produtos”, completou.

A falta de uma ação mais clara da Comissão Europeia gerou um pânico no mercado. Muitos países europeus pararam de comprar frutas e legumes espanhóis em decorrência da crise. Mas em outras nações, o impacto também foi sentido. Na França, por exemplo, as vendas de pepinos caíram 80% em poucos dias e as de tomates diminuíram em 20%.

 

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