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Mundo

Banho de sangue na Líbia

Sob intenso bombardeio, o pas de Muamar Kadafi contabiliza mais de 90 mortos.

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247 – Na primeira ação militar dos EUA sobre a Líbia, batizada de Odisséia do Amanhecer, 110 mísseis Tomahawk foram disparados sábado de navios e submarinos de guerra americanos na direção de posições da artilharia antiaérea da Líbia em Tripoli e Misurata. O ataque também teve a participação de um submarino da Inglaterra. A operação, desfechada às primeira horas da manhã do sábado, atingiu 20 alvos militares e deixou mais de 90 mortos, de acordo com o Pentágono e com autoridades líbias. O ataque faz parte das primeiras ações da coalizão internacional que tem autorização da ONU para usar “todas as medidas necessárias” para conter a ação do coronel Muamar Kadafi e suas tropas. A França foi o primeiro país a atacar a Líbia, por meio de caças Rafale que saíram da base de Saint Diziers para bombardear as posições de Kadafi na cidade Benghazi, onde se concentra a maior parte da resistência armada ao ditador. Além de França, Estados Unidos e Inglaterra, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Qatar e Canadá tomam parte das ações iniciais da coalizão. Este último país destinou sete aviões para participarem dos ataques. “As operações serão extensas”, previu o primeiro-ministro canadense Stephen Harper. De Londres, o primeiro-ministro inglês David Cameron afirmou que “os riscos de atacar não são menores do que os riscos de não fazer nada”. Kadafi, por sua vez, foi a uma televisão estatal prometendo reação. Disse sofrer uma "agressão colonialista" e prometeu reagir, causando uma guerra em grande escala. E que, segundo ele, será "longa".

O presidente Barack Obama mandou a partir de Brasília, onde faz visita oficial, uma mensagem de viva voz ao povo americano, gravada em um ambiente semelhante ao que ele tradicionalmente discursa na sala de imprensa da Casa Branca. “Atacar não foi a nossa primeira escolha, e nem foi uma decisão tomada facilmente”, disse ele, que pela primeira vez leva os Estados Unidos a uma guerra. Ao contrário de seu antecessor, George W. Bush, que convenceu os países mais ricos do mundo a apoiarem a invasão pelos Estados Unidos sobre o Iraque, em 2003, desta vez houve mais discrição. Obama preferiu manter a viagem diplomática ao Brasil e enviar a secretária de Estado Hilary Clinton para a reunião em Paris, com os lideres da coalizão, onde se decide a estratégia das operações. Com isso o papel de líder da guerra recai, até o momento, ao presidente francês Nicolas Sarkozy.

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Na manhã deste sábado, Sarkozy avisou que aviões de caça franceses, os Rafale (os mesmos que pretende vender ao Brasil), já sobrevoam os céus da Líbia e disparam contra alvos militares do ditador Muamar Kadafi. “Vamos prevenir ataques aéreos sobre Bengazi”, disse Sarkozy. Na tarde deste sábado, aviões americanos F-16 também se juntaram aos caças franceses e mísseis foram disparados para impedir que Kadafi promova um massacre contra civis. Embora tivesse proclamado um cessar-fogo, Kadafi ordenou também na manhã deste sábado um duro ataque contra populações civis, nas cidades de Bengazi e Misrata, utilizando mais de 40 tanques.

Após uma reunião de emergência da coalizão em Paris, à tarde, Sarkozy explicou os objetivos dos ataques dos Rafale. "Nossos aviões estão bloqueando os ataques aéreos na cidade" de Benghazi, disse ele, sem entrar em detalhes.

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Mais cedo, forças de segurança do governo líbio invadiram a capital, aparentemente ignorando o cessar-fogo proclamado e potencialmente complicando qualquer ação militar aliada. França, Reino Unido e Estados Unidos alertaram Kadafi ontem de que recorreriam a meios militares, caso ele ignorasse a resolução da ONU.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou depois da cúpula: "O momento de tomar uma ação chegou, precisa ser urgente." A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, também esteve na reunião.

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Um comunicado dos participantes da cúpula, referindo-se à decisão da ONU, informou: "Nosso compromisso é para longo prazo: não permitiremos que o coronel Kadafi e seu regime continuem desafiando a vontade da comunidade internacional e desdenhando do seu povo. Nós prosseguiremos com a ajuda aos líbios, de modo que possam reconstruir seu país, respeitando plenamente a integridade territorial e a soberania da Líbia."

Em uma coletiva de imprensa na capital, o porta-voz do governo de Kadafi, Moussa Ibrahim, leu cartas do líder líbio direcionadas ao presidente Barack Obama e aos demais envolvidos nos esforços internacionais para intervir no violento confronto. “A Líbia não é sua. A Líbia é dos líbios. A resolução do Conselho de Segurança não é válida”, disse ele em carta ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, e ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. Para Obama, o ditador foi ligeiramente mais conciliatório: “Se você os encontrasse tomando as cidades americanas, diga-me o que faria.”

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O porta-voz disse que os rebeldes quebraram o cessar-fogo ao atacar as forças militares do governo. “Nossas forças armadas continuam recuando e se escondendo, mas os rebeldes seguem nos bombardeando e provocando”, afirmou Musa.

Mais cedo, fontes militares disseram que vários caças franceses sobrevoam neste sábado o território líbio, no que seria uma missão de reconhecimento. Os caça Rafale teriam decolado no início da tarde deste sábado (manhã em Brasília), da base de Saint Dizier (leste de Paris), onde estavam estacionados.

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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, também acompanha de muito perto a situação na Líbia e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que está em Brasília, vem sendo informado a todo momento dos desdobramentos da ação militar francesa na Líbia.

Ao contrário do ditador egípcio Hosni Mubarak, que caiu em 18 dias depois do início dos protestos contra seu regime, Muamar Kadafi resiste promovendo um banho de sangue contra a própria população.

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(com agências internacionais)

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