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Bela sim, ingênua não

Com elegncia e discrio, Carla Bruni-Sarkozy assume cada vez mais o poder de primeira-dama para levar o marido reeleio

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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Ela se mantinha com mais frequência atrás dele, como se estivesse intimidada. Hoje, anda dois passos à sua frente, com o olhar firme. Ele procura regularmente seu braço. É ela agora que estende a sua mão. Mais de três anos se passaram depois de seu casamento com Nicolas Sarkozy. O aprendizado acabou. Carla Bruni-Sarkozy encarnou finalmente seu papel de primeira-dama. Esposa discreta, ela exerce uma grande influência sobre seu marido, não só no treinamento esportivo e no regime alimentar do chefe de estado, mas também no comando do país. Sarkozy teria se tornado o projeto central de Carla. Com a popularidade em baixa do presidente, a primeira-dama quer assumir as rédias da situação para encarar a eleição de 2012 – e assim, prolongar seu reinado.

Ela é cantora e modelo de profissão, mas assumiu o papel de principal conselheira política da França – mesmo que informalmente. Depois do estouro do caso Roman Polanski, o ministro da cultura Frédéric Mitterrand tomou partido do cineasta ameaçado de extradição por um caso de pedofilia. O presidente francês quis tirá-lo do cargo, mas a fada madrinha Carla usou toda a sua influencia para fazê-lo ficar. Ela tenta amenizar a polêmica : “Ele me perguntou o que eu achava, assim como fez com outros amigos artistas em um almoço. Mas ele já tinha tomado a sua decisão antes disso.”

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Na biografia não autorizada de Carla Bruni, escrita por Besma Lahouri, a audácia da primeira-dama conquistou muitos inimigos no governo. Segundo Christine Boutin, ex-ministra da habitação, Carla Bruni é uma verdadeira boêmia de esquerda que caçoa dos eleitores de direita. Quanto à Rachida Dati, ex- porta-voz de Sarkozy, seu desafeto é ainda mais escancarado. Durante a visita aos apartamentos privados do Elysée, Rachida teria mostrado à primeira-dama um dos quartos com uma reflexão : “Você bem que gostaria de ocupá-lo, não é mesmo?”

Apesar das acusações, Carla Bruni nega qualquer envolvimento em assuntos do governo. Segundo ela, como em todo casal, cada um tem uma influencia pessoal e não política sobre o outro. “Eu dou minha opinião a meu marido quando sou questionada, mas ele nunca me consulta sobre assuntos políticos precisos. Ele sabe que não tenho conhecimento nenhum nessa área”, afirma.

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A postura discreta, mas influente de Carla Bruni-Sarkozy parece agradar os franceses. Em uma pesquisa divulgada pelo France-Soir, dois terços dos entrevistados, ou 66%, se dizem satisfeitos com seu papel de primeira-dama da França. Cerca de 68% das pessoas acham também que ela representa bem o país no exterior. E 56% consideram que ela tem uma influência positiva sobre seu marido. Os franceses adorariam que o doce canto da rainha pudesse acalmar o tão nervoso presidente.

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