Bill Gates afirma que filantropia é seu “último capítulo” e presta homenagem a pais e mentores
Em publicação no LinkedIn, empresário destaca influências familiares e revela impacto de Warren Buffett e Chuck Feeney em sua decisão de doar fortuna
247 - Em uma publicação no LinkedIn, Bill Gates, cofundador da Microsoft e presidente da Fundação Gates, detalhou as motivações que o levaram a direcionar a maior parte de sua fortuna ao enfrentamento da pobreza e da desigualdade global.
Segundo ele, essa escolha marca uma transição definitiva de sua trajetória empresarial para a atuação filantrópica, que considera o "último capítulo" de sua carreira.
Gates defende que é imperativo usar sua riqueza para encarar desafios urgentes da humanidade, como a erradicação de doenças evitáveis e a redução da mortalidade infantil. Ele ressalta que dedicar-se a essas causas representa não apenas uma missão pessoal, mas um dever ético.
Ao longo do texto, o empresário presta homenagem a figuras que moldaram sua visão de mundo. Seus pais, Mary Maxwell Gates e William H. Gates Sr., aparecem como referências centrais. Gates lembra que foi sua mãe quem o ensinou o valor de retribuir à sociedade, transmitindo-lhe a ideia de que “a quem muito é dado, muito será exigido”.
Sobre o pai, afirmou: “Mais do que qualquer outra pessoa, ele moldou os valores da fundação como seu primeiro líder”, destacando suas qualidades de colaboração, discernimento e seriedade no aprendizado.
Além da influência familiar, Gates reconheceu o papel decisivo de Warren Buffett em sua formação como filantropo. Referindo-se ao amigo como “o modelo supremo de generosidade”, afirmou que foi Buffett quem o apresentou à ideia de doar toda a sua fortuna. Conhecido como o "Oráculo de Omaha", Buffett não só se destacou como um dos maiores investidores do século XX, como também assumiu um compromisso filantrópico de doar 99% de sua fortuna a causas sociais. Ele é, inclusive, cofundador da iniciativa The Giving Pledge, ao lado de Gates, que incentiva bilionários a destinar a maior parte de seus recursos à filantropia.
Outro nome fundamental citado por Gates é Chuck Feeney, cofundador da Duty Free Shoppers Group, que ao longo da vida doou mais de US$ 8 bilhões para áreas como educação, ciência e saúde pública, por meio da fundação The Atlantic Philanthropies. Gates descreve Feeney como um herói pessoal e afirma ter sido profundamente influenciado por sua filosofia de “doar enquanto vive”, enxergando nele um exemplo de como a filantropia pode ser discreta e eficaz.
Ao final da publicação, Gates reafirmou que a Fundação Gates encerrará suas atividades em 31 de dezembro de 2045, com a meta de investir até lá cerca de US$ 200 bilhões em ações voltadas à saúde global, educação e combate à pobreza.
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