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      Bloqueio dos EUA contra a Venezuela já matou 40 mil pessoas

      Um estudo publicado por economistas do Centro de Investigação em Economia e Política (CIEP), Mark Weisbrot e Jeffrey Sachs, aponta que, como consequência de sanções unilaterais entre 2017 e 2018 40 mil pessoas morreram na Venezuela e outras 300 mil estão com suas vidas em risco

      Bloqueio dos EUA contra a Venezuela já matou 40 mil pessoas
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      Prensa Latina - Um estudo publicado por economistas do Centro de Investigação em Economia e Política (CIEP), Mark Weisbrot e Jeffrey Sachs, aponta que, como consequência de sanções unilaterais entre 2017 e 2018 40 mil pessoas morreram na Venezuela e outras 300 mil estão com suas vidas em risco.

      É conhecendo esses números que o povo venezuelano sai às ruas hoje em manifestações para celebrar um ano da reeleição de Nicolás Maduro. É uma demonstração da disposição de lutar contra a asfixia econômica que o governo dos Estados Unidos impôs ao país desde 2014.

      Com a promulgação de uma lei e sete decretos executivos que punem e penalizam as finanças venezuelanas, bloqueando e confiscando os ativos financeiros, os Estados Unidos estão empenhados na derrubada do governo, sem descartar a intervenção armada.

      A proibição de negociar a dívida da Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), a restrição a que a Venezuela faça transações com ouro, o confisco dos ativos da subsidiária da petroleira nos EUA, a Citgo, sanções ao Banco Central da Venezuela, compõem a longa lista de mecanismos de coerção por parte do governo estadunidense.

      Um relatório divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano argumenta indica que hoje "cerca de 80 mil pessoas com HIV não recebem tratamento anti-retroviral, 16 mil pacientes com necessidade de diálise e a mesma quantidade com câncer não têm acesso a procedimentos médicos'.

      Além disso, a maioria dos quatro milhões de cidadãos com diabetes e hipertensão não consegue obter insulina ou medicamentos para tratamento cardiovascular, situações decorrentes do confisco de lotes de medicamentos e insumos, já pagos pelo Governo venezuelano.

      Perante esta situação, o Ministério da Saúde da Venezuela acordou com a China, Rússia, Índia e Cuba a compra de medicamentos, dos quais 166 toneladas já foram distribuídos ao longo do primeiro trimestre de 2019, e chegarão nos próximos seis meses suprimentos médicos no valor de 104 milhões de dólares, segundo o chefe do setor, Carlos Alvarado.

      Outra pesquisa apresentada pela economista venezuelana Pascualina Cursio indica que os prejuízos totais e os custos para a economia nacional causados pelas medidas coercitivas da Casa Branca e seus aliados na região e da União Europeia são estimados em mais de 130 bilhões dólares desde 2015.

      Neste sentido, a economista explicou que "com o dinheiro roubado da Venezuela seria possível construir dois mil hospitais com 50 leitos com tecnologia de ponta, 8.125 escolas de mais de 600 alunos e pagar quase 380 mil tratamentos para salvar as vidas dos pacientes com o HIV '.

      Cursio também argumentou que esse dinheiro seria possível comprar quase 644 milhões de toneladas de carne bovina, outras 38 milhões de leite em pó ou mais de 320 milhões de toneladas de arroz.

      No entanto, 10 das 12 companhias de navegação venezuelanas que transportavam produtos da cesta básica foram sancionadas.

      A Organização das Nações Unidas classificou o bloqueio como uma estratégia sistemática e consciente de violação maciça dos direitos humanos dos venezuelanos, "como crimes contra a humanidade".

      Ninguém pode alegar que as conseqüências do bloqueio à nação bolivariana são desconhecidas, porque as autoridades dos Estados Unidos não estão apenas cientes dos efeitos desses atos, mas estão buscando esses resultados para forçar o presidente Nicolás Maduro a deixar o cargo, para o qual ele foi eleito em 20 de maio de 2018 com 68% dos votos.

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