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Bolsonaro ofende 1,5 bilhão de muçulmanos para agradar fundamentalistas e Netanyahu

Depois de visitar o Muro das Lamentações e Jerusalém nesta segunda, Jair Bolsonaro, desceu nos túneis que levam à porção subterrânea do complexo e esteve na sinagoga que fica cerca de vinte metros abaixo do que os judeus acreditam ser o local do Santo dos Santos no Templo construído por Salomão; lá, assinou um documento no qual defende-se a construção de um templo judaico em cima da Mesquita de Al-Aqsa, considerada o terceiro local mais sagrado para o Islã, depois de Meca e Medina; o gesto é uma agressão sem precedentes aos mais de 1,5 bilhão de muçulmanos de todo o mundo e um gesto com objetivo de satisfazer sua base fundamentalista e seu aliado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu

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247 - Depois de visitar o Muro das Lamentações e Jerusalém nesta segunda (1), Jair Bolsonaro, desceu nos túneis que levam à porção subterrânea do complexo e esteve na sinagoga que fica cerca de vinte metros abaixo do que os judeus acreditam ser o local do Santo dos Santos no Templo construído por Salomão. Lá, assinou um documento no qual defende-se a construção de um templo judaico em cima da Mesquita de Al-Aqsa, considerada o terceiro local mais sagrado para o Islã, depois de Meca e Medina. O gesto é uma agressão sem precedentes aos mais de 1,5 bilhão de muçulmanos de todo o mundo e um gesto com objetivo de satisfazer sua base fundamentalista e seu aliado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. 

A assinatura está sendo festejada pelos fundamentalistas cristãos que apoiam Bolsonaro (católicos e neopentencostais), que respiram ainda hoje o clima das Cruzadas dos séculos XI a XIII e consideram que os "infiéis" muçulmanos deve ser expulsos da "cidade sagrada" de Jerusalém. Para isso, aliam-se com o fundamentalismo judaico, que pretende reconstruir o Templo de Salomão no local que é considerado o centro sagrados pelas três religiões abrâmicas, o judaismo, o cristianismo (que designam o local como Monte do Templo) e o islamismo, que refere-se ao local como Nobre Santuário. A imprensa em geral refere-se ao lugar como Esplanada das Mesquita, pois lá há, além da  Mesquita de Al-Aqsa, o templo Domo da Rocha.

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A assinatura não foi apenas um ato "religioso", teve clara inspiração geopolítica, como assinalou o filho de Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, que está acompanhando o pai na viagem. “Quando se assina um livro em que há um projeto de construção de um templo onde hoje é uma mesquita, é uma sinalização de qual é o elemento político-ideológico do presidente Bolsonaro”, disse Flávio (aqui). Ele completou, afirmando que o gesto “sinaliza que o Brasil quer estar próximo de Israel, numa linha antagônica".

Pouco antes de assinar o documento, Bolsonaro havia visitado o Muro das Lamentações acompanhado de  Netanyahu, outro gesto que causou estupor no Brasil e no exterior, pois nenhum chefe de Estado antes dele havia visitado o local acompanhado de alguma autoridade israelense, exatamente para evitar acirrar o dramático conflito do Oriente Médio.  

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A visita de Bolsonaro rompe com a tradição de amizade do Brasil com judeus e muçulmanos. Ao longo da história, o país teve papel decisivo em vários momentos na busca de saídas pacíficas para os impasses entre Israel e a Palestina, entre judeus e muçulmanos. Agora, o governo Bolsonaro declarou guerra aos palestinos, aos muçulmanos e a todo mundo árabe. As consequência da postura e dos gestos de Bolsonaro são inimagináveis para o futuro do Brasil.   

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