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Bolsonaro quer discutir com Trump derrubada de Maduro

O presidente Jair Bolsonaro, que se encontra internado no Albert Einstein, pretende ir aos Estados Unidos em março para discutir a derrubada do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro – o que pode envolver o Brasil e a América do Sul no seu primeiro conflito, desde a Guerra do Paraguai, ocorrida no século 19. A administração de Donald Trump pretende derrubar Maduro porque a Venezuela dispõe das maiores reservas de petróleo do mundo

Bolsonaro quer discutir com Trump derrubada de Maduro (Foto: Reuters)
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Sputinik – O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, passou alguns dias dessa semana em Washington e Nova York para acertar os detalhes da viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos que deve acontecer em meados de março, ainda sem data definida.

A agenda de Bolsonaro deve reunir temas econômicos e comerciais, segundo o chanceler. Araújo quer também que parlamentares norte-americanos visitem o Brasil para conhecer a realidade nacional e discutir temas de interesse mútuo.

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A Sputnik Brasil conversou com dois especialistas, um cientista político e uma internacionalista, para tentar entender quais serão os principais pontos que serão discutidos em um eventual encontro entre Bolsonaro e Donald Trump.

Augusto Cattoni, cientista político e pesquisador do Instituto Atlântico, acredita que o assunto principal do encontro será a crise pela qual passa a Venezuela.

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"Certamente a Venezuela terá uma certa prioridade devido a velocidade que um desfecho da crise Venezuela se aproxima de nós, que todo mundo já sabe qual será esse desfecho, mas não sabe como vai ocorrer e certamente uma coordenação do Brasil com os estados unidos seria muito bem-vinda nesse momento", disse.

Durante a passagem por Washington, Araújo conversou com o ministro do Exterior da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, sobre a definição da possível transferência da Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém.

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Cattoni acredita que esse será um tema discutido em um encontro, mas não é uma prioridade para o governo Bolsonaro neste momento.

"A possível mudança da embaixada terá uma movimentação mais devagar, mais cautelosa, do que indicada pelo próprio presidente no passado recente, o vice-presidente Mourão acendeu uma luz amarela quanto a isso também", comentou.

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Já para Raquel Rocha, doutora em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP), a questão da mudança da embaixada não será tão relevante no encontro. Para ela, o que deverá ter maior peso é uma possível cooperação bélica e técnica entre os dois países.

"Para Trump a questão da mudança da embaixada não é tão relevante assim. Acredito que deva ser colocado em pauta a cooperação técnica, compra e venda de armamento bélico, que é uma pauta que sempre volta a ser de interesse, mas principalmente a intenção é expandir a cooperação entre os dois estados, seja na pauta comercial ou seja em cima de cooperação técnica com transferência de conhecimento", afirmou.

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Rocha disse que uma aproximação forte com os Estados Unidos neste momento pode estremecer as relações entre Brasil e China.

"A gente já tem questões que estão ficando um pouco delicadas em termos de funcionamento do estado brasileiro, onde a gente não pode ignorar a participação do estado chinês dentro da nossa economia, e esse alinhamento com os EUA faça com que essa relação fique cada vez mais tensa", disse.

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Em Nova York, Araújo teve reuniões com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, empresários e formadores de opinião, além de especialistas em geopolítica mundial.

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