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Brasil articula 5ª proposta de resolução em conselho da ONU

Mauro Vieira disse trabalhar para encontrar uma proposta que contemple as posições de todos os membros do Conselho

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, participam de reunião sobre o conflito entre Israel e palestinos na sede da ONU em Nova York 24/10/2023 (Foto: REUTERS)
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Por Lucas Pordeus León, repórter da Agência Brasil - A diplomacia brasileira articula uma 5ª proposta de resolução sobre a guerra no Oriente Médio para ser analisada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A nova resolução é articulada após os vetos a quatro propostas anteriores, duas da Rússia, uma do Brasil e outra dos Estados Unidos.

O chanceler brasileiro Mauro Vieira informou nessa quarta-feira (25) que trabalha para encontrar uma proposta que contemple as posições de todos os membros do Conselho.

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“Estamos trabalhando em uma nova resolução que recolha os pontos positivos dessas quatro (propostas) que foram vetadas e acrescentando outros aspectos para ver se conseguimos acomodar as necessidades de todos os atores”, explicou.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil defendeu que a resolução deve conter todas as exigências dos 15 membros do Conselho.

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“Acho que uma nova resolução tem que pedir tudo, tem que pedir assistência humanitária, tem que pedir cessação de hostilidades, tem que pedir a cessação da violência, tem que pedir a libertação de reféns, tem que pedir a entrada assistência humanitária, de produtos básicos, tem que permitir a saída de nacionais de terceiros estados, como são os brasileiros”, destacou.

Sobre o direito a autodefesa de Israel, exigência feita pelos Estados Unidos para aprovar uma resolução, Mauro Vieira respondeu que é preciso que esse direito de defesa seja exercido dentro do direito internacional. “A questão toda é o direito internacional”, concluiu.

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Israel tem sido acusado de não respeitar o direito humanitário internacional nas suas ações militares na Faixa de Gaza, como destacou o secretário-geral da ONU António Guterres na sessão do Conselho de Segurança da ONU da última terça-feira (24).

O Brasil preside o Conselho até o dia 31 de outubro. “Acho que o importante é votar e ter alguma coisa. Se for durante nossa presidência melhor, mas nossa grande preocupação é contribuir para que se tome alguma resolução sobre essa situação tão grave”, acrescentou.

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Vetos - Nessa quarta-feira (25), a proposta dos Estados Unidos foi vetada pela China e pela Rússia, que são membros permanentes e têm direito ao veto. Já a proposta da Rússia apresentada ontem foi vetada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, também membros permanentes do Conselho.

As principais diferenças entre as propostas é que a dos Estados Unidos previa o direito de Israel de se defender, enquanto a proposta da Rússia pedia um cessar-fogo e o cancelamento imediato da ordem da Força Israelense para evacuação de civis do norte da Faixa de Gaza.

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Abstenção - O ministro das Relações Exteriores Mauro Viera explicou que a posição do Brasil de se abster de votar as duas propostas apresentadas nessa quarta-feira pelos Estados Unidos e pela Rússia foi para manter a neutralidade.

“Não tinha necessidade de um voto nosso a favor ou contra porque já estavam vetadas. Foi só um voto na condição de presidente para ter neutralidade e continuar falando com todos e continuar negociando. Ambas (as propostas) já estavam fatalmente atingidas por um veto quando declaramos nossa abstenção”, afirmou.

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Entenda - O Conselho de Segurança da ONU é o responsável por zelar pela paz internacional. Ele tem cinco membros permanentes: a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

Para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

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