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Brasil exige critérios claros para ampliação do Brics; Argentina, Arábia Saudita e Emirados Árabes são candidatos fortes

O tema será destaque da cúpula do Brics na próxima semana em Johannesburgo, quando novos membros do grupo podem ser oficialmente anunciados

Lula e Xi Jinping em Pequim - 14/04/2023 (Foto: Ricardo Stuckert/Distribuição via REUTERS)

247 - O Brasil está empenhado em estabelecer critérios transparentes para a inclusão de novos membros no grupo das economias emergentes Brics. Esta pauta ganha destaque nas negociações da aliança a partir desta quarta-feira (16), em reunião preparatória para a cúpula dos Brics, que ocorrerá na próxima semana em Johannesburgo, destaca o jornalista Jamil Shade, colunista do Uol.

A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi confirmada para o evento. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, optou por não viajar até a África do Sul, devido a preocupações com um possível mandado de prisão relacionado ao Tribunal Penal Internacional.

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informou que a intenção é finalizar uma lista de condições para a aceitação de novos países, e durante as reuniões entre os presidentes nos dias 22, 23 e 24 de agosto, uma decisão será tomada sobre os candidatos a serem admitidos.

Até o momento, 22 nações manifestaram interesse em aderir ao grupo, incluindo governos do Egito, Argélia, Nigéria, Arábia Saudita, Bahrein, Argentina, México e Irã.

De acordo com negociadores sul-africanos, um consenso está prestes a ser alcançado. Ainda de acordo com a reportagem, o assessor especial da presidência brasileira, Celso Amorim, afirmou que o Brasil não bloqueará uma expansão, caso haja acordo.

Inicialmente, os indianos propuseram critérios estritamente econômicos, exigindo que os candidatos tivessem um PIB de pelo menos US$ 400 bilhões e um volume de comércio com o bloco de pelo menos US$ 50 bilhões. Entretanto, essa proposta enfrentou resistência, especialmente por parte de sul-africanos e brasileiros.

A expectativa é que os critérios sejam estabelecidos até o fim da semana, com a possibilidade de anúncio das adesões durante a cúpula. Fortes candidatos incluem Arábia Saudita, Argentina e Emirados Árabes. Contudo, não está descartada a inclusão de até cinco novos países na lista. Se aprovados, esses governos passariam oficialmente a integrar o Brics a partir da cúpula de 2024, em Kazan, Rússia.