Brasileiras acusadas de comandar rede de prostituição de luxo em Portugal tinham spas como fachada, segundo polícia
DJ e produtora conhecida como Rebeka Episcopo e esteticista Jacimara Berwig estão presas
247 - Duas brasileiras estão no centro de um escândalo de prostituição em Portugal, após terem prisão preventiva decretada pela Justiça do país europeu. Segundo informações apuradas pelo portal g1, Regina Episcopo, conhecida como DJ Rebeka Episcopo ou apenas Beka, e Jacimara Berwig são acusadas de liderar uma rede de exploração sexual que operava sob a fachada de spas de luxo nas cidades de Lisboa e Cascais.
Rebeka, natural de Dourados (MS), vive há mais de 30 anos na Europa. Ela atua como DJ, produtora musical e modelo internacional, além de ser proprietária das duas unidades do Nuru Spa, onde, segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portugal, funcionava a estrutura criminosa. Nas redes sociais, Rebeka ostenta uma vida de luxo e conta com mais de 65 mil seguidores.
Jacimara Berwig é natural de Curitiba (PR) e atualmente reside em Oeiras, também em território português. Ela é esteticista e sócia da empresa Maria Luiza Centro de Estética desde outubro de 2021. Jacimara possui especialização em medicina estética regenerativa e anti-envelhecimento pela instituição TECH, além de ser certificada em PhiArtist Microblading — técnica de maquiagem semipermanente voltada à reconstrução de sobrancelhas.
Apesar de envolvidas no mesmo caso, as duas não demonstram qualquer tipo de interação nas redes sociais.
Operação Last Massage
As prisões são resultado da operação batizada de Last Massage, conduzida pela PSP após mais de dois anos de investigação. A comissária Carina Alves, que liderou os trabalhos, explicou que a polícia vinha monitorando a movimentação em dois spas suspeitos.
“O crime foi descoberto depois de mais de dois anos de investigação sobre uma suspeita que caía sobre dois spas. Somente depois de dois anos conseguimos identificar a natureza do crime que elas praticavam e ambas respondem por lenocínio, já que tinham uma espécie de sociedade”, afirmou a comissária.
O crime de lenocínio, previsto na legislação portuguesa, consiste em facilitar, promover ou tirar proveito da prostituição alheia. Além disso, a investigação aponta que o grupo também teria cometido fraudes contra o sistema previdenciário de Portugal, agravando a situação das envolvidas.
Ao todo, seis pessoas foram alvo da operação. Três delas, incluindo Regina e Jacimara, estão presas preventivamente. As demais foram obrigadas a se apresentar periodicamente à Justiça portuguesa. Os nomes dos outros suspeitos ainda não foram revelados.
Durante as buscas, os agentes apreenderam aproximadamente 107 mil euros em espécie, dois cheques bancários que somam 10 mil euros, além de documentos que comprovam, segundo a polícia, a estrutura de funcionamento do esquema.
As investigações seguem em curso, e novas diligências poderão ampliar a lista de envolvidos. O caso tem gerado forte repercussão tanto em Portugal quanto no Brasil, principalmente pelo perfil público de uma das acusadas e pela sofisticação da fachada usada para encobrir os crimes.
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