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    Brasileiros e turcos se unem em marcha em Berlim

    Os protestos da praça Taksim, em Istambul, e as manifestações contra o aumento de passagem de ônibus que se espalharam pelo Brasil se encontraram neste domingo na avenida Kottbusser Damm, em Berlim; contra a violência no Brasil e na Turquia, a marcha contou com autorização da prefeitura local, teve rota pré-definida e foi pacífica; polícia alemã fechou as ruas e escoltou o grupo de cerca de 300 pessoas durante todo o trajeto

    Brasileiros e turcos se unem em marcha em Berlim

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    Do Opera Mundi - Manifestantes brasileiros e turcos uniram forças e tomaram a avenida Kottbusser Damm neste domingo (16/06), em Berlim, para protestar contra a violência policial em São Paulo e em Istambul. O protesto foi pacífico. A polícia alemã fechou as ruas e escoltou o grupo, de cerca de 300 pessoas, durante todo o trajeto.

    "Fiz o chamado pelo Facebook e achei que viriam só amigos, mas a manifestação cresceu de uma maneira inesperada", disse a Opera Mundi uma das organizadoras, Juliana Doraciotto. Munida de uma autorização da prefeitura, obtida pela internet, ela obteve o aval da polícia para começar a marcha em uma rota pré-definida.

    A concentração começou por volta das 13h em torno da estação Kottbusser Tor, no sudeste da capital alemã, área de forte presença de imigrantes turcos. Minutos depois, manifestantes contra a operação policial realizada ontem em Istambul, que expulsou ativistas do parque Gezi e da praça Taksim com balas de borracha e canhões d'água, se uniram à marcha brasileira.

    Durante uma hora, brasileiros e turcos caminharam lado a lado, com gritos de ordem antifascistas, destacando a "solidariedade internacional" aos acontecimentos recentes em ambos os países. Enquanto turcos cantavam pela "resistência" na praça Taksim, brasileiros teciam críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e à organização da Copa do Mundo.

    "Vejo uma chance de união entre trabalhadores. Não importa se são 20 centavos ou um euro, vamos caminhar juntos", observou a ativista turca Zelal Celik, do movimento Young Struggle. Ela carregava faixas com dizeres em turco e, ao mesmo tempo, aprendia as músicas cantadas pelos brasileiros em português.

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