Breno Altman: a Rússia se tornou um escudo militar da Venezuela
O jornalista Breno Altman analisa a crescente polarização mundial: de um lado os interesses de China e Rússia, do outro, dos EUA; para ele, a América Latina já sente a influência desse cenário; "A Venezuela, após a ascensão da extrema-direita em países vizinhos, promoveu uma movimentação acertada de aproximação com a China e Rússia, saindo do isolamento político", observa; em sua análise à TV 247, o jornalista afirma ainda que "a Rússia estabeleceu um pacto de solidariedade mútua com Nicolás Maduro, transformando-se em um escudo militar do país"; assista
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247 - O que está acontecendo com o mundo? Para responder essa questão e contextualizar o cenário geopolítico, o jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi, faz um resgate histórico da crise sistêmica do capitalismo e aponta um cenário de crescimento da polarização mundial entre China, Rússia e Estados Unidos, que já deixa reflexos na América Latina. "A Rússia se tornou um escudo militar da Venezuela", indica o jornalista, em análise à TV 247.
Oferta de crédito sem limites: o começo do fim
Altman afirma que o mundo ainda vive os reflexos da crise de 2008, que teve seu início nos EUA. "Naquele ano, explodiu a válvula de sustentação do capitalismo, que era a expansão do crédito, concedido de forma superior à renda das famílias e dos Estados, que não tinham pernas para pagar os juros desse crédito", recorda.
"O capitalismo está num mato sem cachorro desde então, os capitalistas querem cortar custos de qualquer forma para manter a margem de lucro. Então, precarizam as relações de trabalho, cortam salários, privatizam. Há uma regressão social mundial".
Neste contexto, ele considera que o mundo vive um cenário de ascensão de correntes nacionalistas e guerra comercial semelhantes ao cenário que antecedeu a primeira guerra mundial. "No entanto, não há alternativa revolucionária socialista que proponha uma ruptura ao sistema capitalista", lamenta.
Tensão entre China e Rússia
Nesta semana, um acontecimento gerou tensão no cenário da guerra comercial: Meng Wanzhou, diretora financeira da gigante chinesa de eletrônicos Huawei, foi detida no Canadá, a pedido dos EUA, sob a acusação de infringir sanções econômicas impostas pelo governo americano ao Irã. Após pagar fiança de 7,5 milhões de dólares, ela foi liberada na quarta-feira (12).
O jornalista alerta que a postura dos EUA poderá criar uma crise diplomática com a China sem precedentes. "O governo chinês poderá prender executivos estadunidenses. Tal fato poderá gerar um conflito militar", aponta.
América Latina
Observando a conjuntura da América Latina, Altman expõe que a Venezuela, após a ascensão da extrema-direita em países vizinhos, promoveu uma movimentação acertada de aproximação com a China e Rússia, saindo do isolamento político. "A Rússia estabeleceu um pacto de solidariedade mútua com o presidente Nicolás Maduro, transformando-se em um escudo militar do país", conclui.
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