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Briga por terras indígenas esconde catástrofe ecológica na Amazônia, diz revista francesa

 "Com Bolsonaro no governo, alguns temem o desaparecimento completo dos Guarani-Kaiowá, espelho da crueldade e do absurdo humanos", diz o texto da revista semanal M; para eles, o desmatamento da Floresta Amazônica avança inexoravelmente e pode alcançar, em pouco tempo, um ponto irreversível

Briga por terras indígenas esconde catástrofe ecológica na Amazônia, diz revista francesa (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
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RFI Brasil - A revista semanal "M", publicada pelo jornal Le Monde, dedica uma edição especial à catástrofe climática que ameaça o mundo, caso não sejam tomadas medidas drásticas e urgentes de combate ao aquecimento global. No Brasil, as terras indígenas e a Amazônia estão mais do que nunca ameaçadas pela política de Jair Bolsonaro para essa área.

A revista "M" explica que até o americano Donald Trump está em posição delicada para continuar negando as mudanças climáticas depois das temperaturas recordes registradas em 2018, dos incêndios fatais na Califórnia, sem falar nas tempestades e inundações em várias regiões do planeta.

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Os especialistas em clima ficaram deprimidos com essa vitória amarga da razão sobre a ignorância, uma realidade constatada há vários anos por estudos científicos, mas que são desvalorizados pela insanidade de personagens como Trump e o futuro governo brasileiro, constata a revista.

Os planos de Jair Bolsonaro para a Amazônia são relatados em uma reportagem que visitou a reserva de Dourados, no Mato Grosso do Sul, onde indígenas Guarani-Kaiowá são maltratados há mais de um século no Brasil, assinala a publicação. A reportagem mostra como pistoleiros são contratados por fazendeiros para assassinar os índios, considerando que eles "invadem" terras "privadas".

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Um relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostrou que no ano passado 110 índios foram assassinados no Brasil, 1.119 nos últimos 15 anos, cita a revista "M". As ações dos fazendeiros, associadas ao uso intensivo de pesticidas na agricultura brasileira, provocam um genocídio que consome pouco a pouco os povos indígenas autóctones.

A chegada de Bolsonaro ao poder é uma catástrofe anunciada não só para os índios que sobreviveram ao sistema colonial arcaico brasileiro, mas para toda a Amazônia, avalia a revista. "Com Bolsonaro no governo, alguns temem o desaparecimento completo dos Guarani-Kaiowá, espelho da crueldade e do absurdo humanos", diz o texto. O desmatamento da Floresta Amazônica avança inexoravelmente e pode alcançar, em pouco tempo, um ponto irreversível.

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No Brasil de Bolsonaro, o índio e a floresta que eles preservam são vistos como sinônimos de "atraso", o aquecimento global como "um complô internacional visando diminuir o potencial da agricultura brasileira", destaca a reportagem. "As igrejas evangélicas participam dessa demonização dos índios [...], quando os povos nativos da América Latina seriam os únicos guardiães de uma sabedoria que poderia salvar o mundo do apocalipse climático", conclui com tristeza e indignação a revista "M".

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