Cameron diz que não permitirá 'cultura do medo' no país

247, com Agência Estado - O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, disse que o governo está "agindo decisivamente" para restaurar a ordem após os distúrbios que chocaram o país. Cameron disse aos parlamentares: "não vamos permitir que a cultura do medo exista em nossas ruas".

Os legisladores participam de uma sessão emergencial do Parlamento nesta quinta-feira, após quatro noites de tumultos em Londres e em outras cidades inglesas.

O premiê prometeu duras medidas para encerrar a violência e afirmou que "nenhuma medida está fora de cogitação". Ele afirmou que o governo, a polícia e os serviços de inteligência analisam se deve haver limites para redes sociais como Twitter e Facebook que têm sido usadas para espalhar a desordem.

Cameron também disse que seu governo está pedindo ajuda aos Estados Unidos na luta contra as gangues que, segundo ele, estão ajudando a dar início aos distúrbios em território britânico.

O primeiro-ministro declarou que vai analisar a situação enfrentada por cidades como Boston no combate a esses grupos desordeiros e mencionou o ex-chefe de polícia de Los Angeles e Nova Yor, Bill Bratton, como alguém que pode ajudar.

Esta é a segunda vez em menos de um mês em que Cameron tem de convocar uma sessão de emergência. A primeira foi realizada por causa do escândalo das escutas ilegais do grupo de mídia de Rupert Murdoch, que ocasionou o fechamento do tablóide sensacionalista "News of the World".

Um quinto dia de vandalismo foi evitado no Reino Unido com um contingente maior de policiais nas ruas e com a chuva intensa que caiu na noite desta quarta-feira. Juizados municipais nas cidades inglesas de Londres, Manchester, Solihull e West Midlands permaneceram em funcionamento durante a última noite para agilizar a avalanche de detenções dos dias anteriores.