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Campanha eleitoral argentina termina nesta quinta

Candidatos à Presidência da Argentina encerram nesta quinta-feira (22) sua campanha eleitoral; eleições serão realizadas no domingo (25) e deverão contar com a participação de 32 milhões de argentinos que escolherão o sucessor da presidente Cristina Kirchner; pesquisas de opinião aponta que o candidato governista, Daniel Scioli, deverá ser o vencedor da disputa com o empresário e atual prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri

Pedestres passam por propaganda eleitoral em Buenos Aires, na Argentina. 19/10/2015 REUTERS/Marcos Brindicci (Foto: Paulo Emílio)
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Monica Yanakiew,  correspondente da Agência Brasil/EBC - Os candidatos à Presidência da Argentina encerram nesta quinta-feira (22) sua campanha eleitoral. No domingo (25), 32 milhões de argentinos irão às urnas para escolher o sucessor da presidenta Cristina Kirchner, que em dezembro conclui seu segundo mandato consecutivo. Todas as pesquisas de opinião coincidem que o mais votado será o candidato governista, Daniel Scioli, atual governador da província de Buenos Aires – a maior e mais rica do país. No total seis candidatos concorrem ao cargo.

A grande incógnita é se Scioli conseguirá garantir a vitória no primeiro turno ou se terá que enfrentar o segundo mais votado no próximo dia 22 de novembro.  O empresário e atual prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, é o favorito da oposição e está apostando todas as fichas em um segundo turno.

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Nos últimos doze anos, a Argentina tem sido governada pelo casal Kirchner:  primeiro por Nestor (2003-2007), depois por sua mulher Cristina, reeleita em 2011, meses após a morte do marido. Tanto os Kirchner como Scioli pertencem ao Partido Justicialista ou Peronista, que integra a Frente pela Vitoria (FPV) e promete manter a forte presença estatal na economia. Já o partido de Macri, o Proposta Republicana (PRO) integra a coligação política Cambiemos - que em português significa mudança.

As  pesquisas de opinião demonstram que os argentinos estão cada vez mais avessos a mudanças radicais – mesmo achando que elas podem ser um mal necessário, em um pais que tem dois dígitos de inflação anual. Eles passaram por várias crises – a mais grave, em 2001, resultou no confisco das contas bancárias, na desvalorização do peso (que durante uma década esteve ancorada ao dólar norte-americano) e na moratória da dívida externa.

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"A grosso modo podemos dizer que um terço dos eleitores argentinos quer ficar do jeito que está, com uma importante presença do Estado na economia, e votará em Scioli; outro terço, mais conservador, quer mudanças e votará em Macri; e uma terceira parte está satisfeita com a situação, mas gostaria de fazer alguns ajustes", explicou a analista politica Mariel Fornoni. "E neste terceiro poço, de eleitores moderados, que Scioli e Macri estão buscando votos".

O problema, para ambos, é que muitos moderados se sentem representados por Sergio Massa – o terceiro colocado nas pesquisas de opinião. Ex-aliado do governo, ele tem o apoio de peronistas dissidentes, entre eles, Roberto Lavagna – que foi ministro da Economia de Nestor Kirchner e considerado o responsável pela recuperação da Argentina após a crise de 2001.

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Em agosto foram feitas prévias, que na Argentina são abertas, simultâneas e obrigatórias e acabam funcionando como uma enorme pesquisa de opinião. Pouco mudou em relação àquela votação, na qual Scioli saiu em primeiro lugar, Macri em segundo e Massa em terceiro.

"Por outro lado, a eleição de domingo é a mais incerta, porque ninguém sabe se haverá um segundo turno e o que pode acontecer se Scioli e Macri se enfrentarem em novembro", disse o analista político Roberto Bacman. Segundo o analista politico Rosendo Fraga, muitos dos votos peronistas de Massa dificilmente irão para Macri - mas é impossível especular.

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Para assegurar a vitória no primeiro turno, Scioli precisa 45% dos votos ou, no mínimo, 40% com uma diferença de dez pontos porcentuais em relação ao segundo colocado. Todas as pesquisas de opinião dizem que – se ele ganhar – vai ser por uma margem muito estreita.

"Na Argentina, o segundo turno presidencial e quase uma exceção", disse o analista político Ricardo Rouvier. Desde o retorno à democracia, todos os presidentes foram eleitos no primeiro turno. Somente em 2003 – quando o país saía da mais grave crise de sua recente historia, tendo trocado de presidente cinco vezes em duas semanas – houve a possibilidade de um segundo turno.

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Na época, o ex-presidente Carlos Menem iria enfrentar Nestor Kirchner. Apesar de ter sido o mais votado no primeiro turno, Menem sabia que seria derrotado no segundo e renunciou na véspera. Kirchner virou presidente com apenas 22% dos votos, inaugurando a era "kirchnerista", que termina quando sua viúva, Cristina, entregar a faixa presidencial ao sucessor.

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