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Canadá envia turbina do Nord Stream para Alemanha para 'driblar' suas próprias sanções

As entregas de gás da Gazprom para a Europa, já restringidas pelas tentativas de Bruxelas de eliminar a energia russa, sofreram outro golpe em junho devido a sanções canadenses

(Foto: Reuters)
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Sputnik - As entregas de gás da Gazprom para a Europa, já restringidas pelas tentativas de Bruxelas de "eliminar gradualmente" a energia russa, sofreram outro golpe em junho devido a sanções canadenses que detiveram equipamentos essenciais para o pleno funcionamento do gasoduto Nord Stream 1.

Berlim recebeu um compromisso de Ottawa quanto à devolução da turbina necessária para a operação do gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte), disse uma fonte não identificada à Reuters, que não soube dizer se o equipamento já havia chegado em solo alemão. Ottawa havia restringido o transporte da turbina, citando as amplas sanções do Canadá contra Moscou.

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Quando chegar, a turbina deve ser entregue à Gazprom para instalação na estação compressora de Portovaya, na Rússia, adjacente ao mar Báltico, mas sua transferência deve ser feita primeiro para a Alemanha, permitindo que Ottawa diga que evitou formalmente violar suas próprias sanções, alegou a fonte à agência de notícias.

Mais cedo, o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, indicou que Berlim havia recebido "sinais positivos" do Canadá sobre a questão das turbinas no decorrer das negociações, mas não pôde confirmar se a entrega do equipamento havia começado. Hebestreit chamou as negociações de construtivas e disse que Berlim havia defendido "arduamente" sua posição sobre o assunto.

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Na quinta-feira (7), o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, pediu publicamente que o Canadá enviasse a turbina para a Alemanha, "se for uma questão legal" para Ottawa.

 A Gazprom foi forçada a cortar drasticamente o fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1 em junho, depois que pelo menos duas estações de compressão foram fechadas, com as entregas totais reduzidas de 167 milhões de metros cúbicos de gás por dia para 67 milhões, em meio aos atrasos da Siemens na devolução das unidades de bombeamento de gás. Atualmente, a empresa está usando cerca de 40% da capacidade do gasoduto e já anunciou a interrupção do serviço para manutenção anual, programada entre 11 e 21 de julho.

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A Alemanha não sentiria qualquer problema de abastecimento com a interrupção do gasoduto se a segunda linha da infraestrutura, o Nord Stream 2, concluída no ano passado, fosse colocada em operação. No entanto, esse projeto foi suspenso indefinidamente por Berlim em fevereiro devido ao reconhecimento pela Rússia das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, em meio à escalada da crise ucraniana.

A Polônia e algumas ONGs europeias financiadas por George Soros pediram nos últimos meses que o novo gasoduto fosse totalmente desmantelado. O Nord Stream 2 tem capacidade para fornecer até 55 bilhões de metros cúbicos de gás da Rússia para a Alemanha por meio de dois dutos construídos através do fundo do mar Báltico, e teria efetivamente dobrado a capacidade da rede Nord Stream caso não tivesse sido suspenso.

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 Autoridades ocidentais e a mídia acusaram a Rússia de deliberadamente limitar o fluxo de gás através do Nord Stream 1 para desencadear uma emergência, enquanto a Alemanha e outros países europeus lutam para reforçar suas reservas subterrâneas de combustível. Moscou rejeitou essa especulação. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, pediu à Europa que parasse de "ver política em tudo" e caracterizou a situação do gasoduto como um problema tecnológico causado pelas sanções. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que não discutiria a questão das turbinas com o Canadá, chamando as sanções de Ottawa de violação flagrante do direito internacional.

O Canadá impôs mais de 1.100 novas sanções à Rússia desde fevereiro, elevando o número total de restrições para mais de 1.560 desde 2014. As restrições incluem a proibição de importações de energia e ouro russos, proibição de exportações de tecnologia para a Rússia, restrições à dívida soberana e ao sistema de pagamentos SWIFT, e a revogação do status de nação mais favorecida.

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