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Celso Amorim diz que pela primeira vez sente vergonha da diplomacia brasileira

Ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim chegou a dizer até que, apesar de discordar dos fatores internos da ditadura, não sentia vergonha da política externa do regime militar, e sim “discordava”. “Em certos momentos na ditadura, como diplomata brasileiro no exterior, eu me envergonhei do Brasil, do que estava acontecendo, mas não cheguei a me envergonhar da diplomacia”, explicou. Assista na TV 247

Celso Amorim, Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo (Foto: ABr)
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247 - O ex-ministro da Defesa Celso Amorim disse à TV 247 que sente vergonha da polícia externa do governo Jair Bolsonaro, conduzida pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Para efeito de comparação, Amorim contou que mesmo discordando dos fatores internos da ditadura militar, não ficava envergonhado pela diplomacia praticada pelo regime.

O ex-ministro falou que os governos militares brasileiros, em sua maioria, não eram submissos aos interesses norte-americanos, como é o de Bolsonaro. “Em certos momentos na ditadura, como diplomata brasileiro no exterior, eu me envergonhei do Brasil, do que estava acontecendo, mas não cheguei a me envergonhar da diplomacia, eu discordava. Em termos estritamente de política externa, salvo o primeiro governo, do Castelo Branco, ele logo foi tomando posições que não eram as posições mais reacionárias. O governo Costa e Silva o Brasil, por exemplo, deixou de assinar o tratado de não proliferação nuclear. No governo Médici, que foi o pior do ponto de vista da ditadura, internamente, foi estabelecido o mar de 200 milhas, que contrariava a posição norte-americana. No governo Geisel já foi o reconhecimento da China, o estabelecimento do escritório da OLP e o reconhecimento de Angola, com um governo marxista em plena Guerra Fria. Foi uma atitude corajosa. Enfim, isso mais ou menos seguiu em outros governos. Com variantes, sempre houve uma decência”.

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Celso Amorim disse também que em reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial do Comércio (OMS), enquanto embaixador do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também não se sentia envergonhado, ainda que discordasse de alguns aspectos da diplomacia de FHC. “Eu fui embaixador do Fernando Henrique, eu discordava de muita coisa, mas na ONU, na OMS, eu não me envergonhava. Em certas ocasiões eu ficava meio chateado porque as instruções diziam ‘vai devagar’, mas olha, na ONU eu presidi três comissões sobre o Iraque que eram muito de independência, os americanos não gostavam. Enfim, eu não me envergonhava, conseguia fazer o meu trabalho. A mesma coisa na OMS”.

Celso Amorim classificou o atual chanceler, Ernesto Araújo, como “medíocre”. “É uma coisa que não tem limites, ultrapassa qualquer capacidade de imaginar. O Ernesto Araújo sempre foi um diplomata medíocre, nunca se destacou, nunca teve nenhuma grande projeção. Para se manter, para continuar, ele não só precisa fazer coisas ruins e más, como essa da Venezuela, mas precisa também de vez em quando dizer as coisas mais estapafúrdias para chamar atenção”.

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