Cerimônia de último adeus de Darya Dugina é realizada em Moscou
O produtor Eduard Boyakov leu os poemas de Dugina sobre os acontecimentos no leste da Ucrânia
TASS - A família, amigos, dezenas de colegas e conhecidos de Darya Dugina se reuniram no Centro de TV Ostankino na terça-feira (23), para dar seu último adeus à jornalista assassinada em um ataque com carro-bomba nos arredores de Moscou na noite de sábado (20).
"Ela não tinha medo, de verdade. E da última vez que conversamos no festival Tradição, ela disse: Papai, eu me sinto uma guerreira, me sinto uma heroína (...) quero estar com meu país, quero estar do lado da luz da força", contou seu pai, o filósofo Alexander Dugin.
Ele disse que queria criar sua filha do jeito que via a pessoa ideal. "As primeiras palavras que ensinamos a ela quando criança foram 'Rússia', 'nosso estado', 'nosso povo' e 'nosso império'", acrescentou.
Participaram da cerimônia, entre outros, o vice-presidente da Duma Estatal (câmara baixa) Sergey Neverov, Leonid Slutsky, líder do LDPR e chefe do Comitê da Duma Estatal para Assuntos Internacionais, e Sergey Mironov, líder do partido Uma Rússia Justa - Pela Verdade.
O produtor Eduard Boyakov leu os poemas de Dugina sobre os eventos no leste da Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, enviou um telegrama de condolências aos pais de Dugina.
Sobre Darya Dugina
No início do verão, Darya estava nas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, cobrindo os eventos. No Donbass, ela também trabalhou para um meio de comunicação francês, já que seu francês era perfeito. Ela também coletou informações sobre o batalhão nacionalista Azov, proibido na Rússia.
Um artefato explosivo explodiu em um Toyota Land Cruiser que Dugina dirigia em uma rodovia próxima ao vilarejo de Bolshiye Vyazyomy, na região de Moscou, em 20 de agosto. Darya voltava do festival literário e musical Tradição, onde foi convidada especial. Foi estabelecido que uma bomba havia sido plantada sob o veículo do lado do motorista. O Serviço de Segurança Federal, o FSB, disse à TASS na segunda-feira que o assassinato de Dugina havia sido esclaecido. De acordo com a agência federal, foi planejado pelos serviços secretos ucranianos e realizado pela ucraniana Natalia Vovk, que fugiu para a Estônia após o crime.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto para conceder a Ordem da Coragem postumamente à jornalista e ativista pública russa Darya Dugina.
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