Chefe da inteligência militar dos EUA diz que conflito na Ucrânia chegou a um "impasse" e prevê mobilização geral na Rússia
Autoridades russas contestam e dizem que o ritmo da operação militar é ditado pela orientação de minimizar perdas civis
247 - A crise na Ucrânia teria chegado a um impasse sem progresso significativo para nenhuma das partes do conflito, disse o chefe da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, Scott Berrier, na terça-feira (10), informa o site RT..
"Os russos não vencem e nem os ucranianos, e estamos meio que em um impasse aqui", disse Berrier quando questionado no Senado dos EUA sobre sua avaliação da situação no país do Leste Europeu.
Como ele estimou, no momento, não está claro quem poderia estar mais em risco com esse impasse, já que o desenvolvimento dos eventos depende das decisões tomadas pelo lado russo. Nesse contexto, ele também acreditava que a única maneira de romper o impasse seria por meio da mobilização geral na Rússia.
"Acho que, como o impasse está agora, se a Rússia não declarar guerra e não se mobilizar, esse impasse vai durar por um tempo. E não vejo progresso em lugar algum. Se eles realmente mobilizarem, se eles realmente declararem a guerra, isso trará milhares de soldados a mais para a luta. E mesmo que eles sejam menos treinados ou menos competentes, eles ainda trarão massa e mais munição", apontou.
Por sua vez, o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, anteriormente classificou como " "um absurdo" as informações sobre uma possível mobilização geral na Rússia. Enquanto isso, o vice-chefe do Comitê de Defesa da Duma do Estado, Yuri Shvytkin, enfatizou que esses "rumores" buscam "semear alguma confusão e uma sensação de pânico entre a população".
"Minimizando Perdas"
De Moscou, foi reiterado em várias ocasiões que a operação militar russa no país vizinho está progredindo gradualmente para evitar baixas entre a população civil. "Nosso objetivo é cumprir todas as tarefas minimizando as perdas. E continuaremos a agir no ritmo, com calma, de acordo com o plano originalmente proposto pela sede", disse o presidente russo, Vladimir Putin, em meados de abril.
"As Forças Armadas russas trabalham com o máximo cuidado e fazem de tudo para evitar baixas entre a população civil", disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Ao mesmo tempo, denunciou que as políticas do Ocidente, inclusive as adotadas pelos EUA, são precisamente o que impossibilita uma resolução rápida da crise. Segundo Zakhárova, os carregamentos de armas e mercenários estrangeiros, que chegam de países ocidentais à Ucrânia, só agravam o conflito.
“Apesar das declarações de que as ações militares na Ucrânia devem terminar o mais rápido possível, os países da Otan estão fazendo tudo para prolongar a fase ativa do conflito. as repúblicas populares de Donetsk e Luhansk e novos crimes dos neonazistas", lamentou a porta-voz russa.
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