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China impulsiona Nova Rota da Seda com ferrovia no Laos

Ferrovia Boten-Vientiane financiada pela China deve impulsionar o comércio entre os países do Sudeste-Asiático e desenvolver a economia do Laos

(Foto: Divulgação)
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Juca Simonard, 247 - No dia 3 de dezembro, o Laos inaugurou a ferrovia eletrificada e de alta velocidade Boten-Vientiane financiada pela China como parte da chamada Nova Rota da Seda. A ferrovia de 414 quilômetros liga a capital Vientiane e a cidade de Boten, na fronteira entre o Laos e a China.

Além do aprofundamento dos laços econômicos e diplomáticos entre os dois países, a nova linha férrea permite diminuir o tempo de transporte entre a capital do Laos e a China — das 15 horas anteriores, o tempo foi reduzido para menos de quatro horas. 

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Em Boten, a linha segue para o norte cerca de 595 km antes de terminar em Kunming, a capital da província chinesa de Yunnan. Na parte sul da linha, haverá conexão entre a província tailandesa de Nong Khai e a capital Bangkok.

Em comunicado da Associação de Nações do Sudeste Asiático, o bloco asiático afirma que a iniciativa pode “transformar significativamente” o Laos, país montanhoso e sem litoral, atraindo mais investimento estrangeiro e turistas. Da mesma forma, o bloco regional destaca que “os custos de logística de Vientiane a Kunming devem cair cerca de 40 a 50%”, facilitando importações e exportações, isto é, o comércio entre os dois países.

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Desenvolvimento do Laos e da Ásia

O Laos é o país menos industrializado da ASEAN, que conta com Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar e Camboja; e é a principal parceira da Organização de Cooperação de Xangai, da China. A nova ferrovia também permite ligar a parte norte do Laos, por onde passa a ferrovia, aos centros de negócios e comércio. Desta forma, o país — que tinha anteriormente apenas quatro quilômetros de ferrovia antes da conclusão da ferrovia Boten-Vientiane — poderá ter um salto no comércio interno e externo.

“Um inicial de 300.000 contêineres do Laos será transportado por ferrovia para a Europa a partir da China anualmente. Espera-se que aumente para 1,2 a 1,8 milhão de contêineres por ano”, informa comunicado da ASEAN.

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Atualmente, a maior parte do comércio entre a China e os países da ASEAN, que foi calculado em mais de US$ 600 bilhões em 2020, passa por rotas marítimas. Com a nova rota ferroviária, os negócios irão aumentar. Segundo o Banco Mundial, o comércio terrestre através do Laos pode chegar a 3,9 milhões de toneladas em 2030. Em 2016, foram 1,6 milhões de toneladas. Também, pode haver transferência de cerca de 1,5 milhão de toneladas de transporte marítimo para a ferrovia.

O mesmo relatório apontou que apenas 2 milhões de toneladas foram transportadas via Laos de um total de 40 milhões de comércio entre China, Tailândia, Malásia e Cingapura em 2016.

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Outro ponto que pode se desenvolver é o turismo. Segundo a ASEAN, “antes da pandemia, o Laos atraiu entre 800.000 a 1 milhão de turistas chineses anualmente e esse número pode aumentar em até 50% assim que as viagens internacionais forem retomadas”.

Ferrovia pan-asiática

O bloco asiático destaca também que a ferrovia Boten-Vientiane é “um marco importante” na rede ferroviária pan-asiática, que tem três rotas: a central, Kunming-Lagos-Bangkok; a ocidental, que se estende por Mianmar e Tailândia; e a oriental, que cruza Vietnã, Camboja e Tailândia, antes de conectar em Bangkok e se estender para o sul em direção à Malásia e Cingapura. 

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O projeto completo, no entanto, enfrenta dificuldades diante da resistência da Malásia e da Tailândia. O primeiro país chegou a congelar a construção em 2018, continuando um ano depois após a China reduzir o preço original de US$ 20 bilhões em um terço, enquanto a Tailândia apenas aprovou a construção de menos de um terço da linha de sua fronteira com o Laos até Bangkok — isso após mais de 30 rodadas de negociações.

(Com informações da ASEAN)

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